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PET Ciências Biológicas – UFV Viçosa, outubro de 2008 * Nº56
Vila Gianetti, 30*(31) 3899-2295*www.ufv.br/petbio*petbio@ufv.br |
Prof. Lino Neto; Prof. Lucio Campos; Carla Oliveira; Étori Aguiar; Felipe Prado; Fernanda Martinelli; Francisco Castanon; Guilherme Carvalho; Jansen de Souza; Juliana Benevenuto; Lucas Dornelas; Lucas Lopes; Marcela Cristine; Marcelo Vaz; Tarcísio Duarte; Tatiana Rigamonte; Vitor Fernandes. ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ |
Artigos
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Notícia
Sapo que toma sol
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Alguns sapos da Costa Rica têm atraído a atenção de cientistas por apresentarem um comportamento bem peculiar, se comparado ao da maioria: "Eles ficam no sol por longos períodos sem se prejudicarem. Mas, até agora, ninguém conseguiu descobrir como eles fazem isso", disse Andrew Gray, herpetólogo do museu de Manchester, no Reino Unido. Cientistas da Universidade de Manchester têm associado essa característica à resistência de alguns sapos da América |
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Central à doença causada pelo fungo Batrachochytrium dendrobatidis, causador da extinção de muitas espécies de anfíbios em todo o mundo. O desafio inicial era estudar a resistência desses animais de forma não-invasiva, já que algumas das espécies estão ameaçadas de extinção. Estudos realizados por físicos do Instituto de Ciência do Fóton da Universidade de Manchester revelaram que os sapos em questão apresentavam um pigmento diferente, chamando pterorhodin, que permitia a reflexão da luz do espectro infravermelho pelos sapos. Alguns cientistas acreditam que esse mecanismo seja capaz de evitar a predação e promover regulação da temperatura, a partir da reflexão da luz e do calor. A pele esquenta, mas o corpo permanece com temperaturas mais baixas. O fungo Batrachochytrium dendrobatidis só consegue viver na pele do sapo em um determinado limite de temperatura, e desaparece se houver elevação da temperatura, mesmo em curtos períodos. Os cientistas consideram, portanto, que o comportamento de exposição prolongada ao sol seja uma defesa natural contra o fungo. Essa ação de auto-proteção, porém, tem tido seu sucesso ameaçado pelas recentes mudanças climáticas nas regiões onde vivem os sapos. Atualmente, há maior cobertura de nuvens nessas áreas, o que reduz a possibilidade de exposição à luz solar e ameaça as espécies.
Tatiana Rigamonte
Referências:
- Rebecca Morelle. Sapo que toma sol pode ser chave para salvar anfíbios. Reportagem da BBC Brasil. Acessado em 26 de junho de 2008.
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