PET Ciências Biológicas – UFV

Biologia em Foco

Viçosa, agosto de 2008 * Nº55

    Vila Gianetti, 30*(31) 3899-2295*www.ufv.br/petbio*petbio@ufv.br

Prof. Lino Neto; Prof. Lucio Campos; Carla Oliveira;  Étori Aguiar; Felipe Prado; Fernanda Martinelli;  Francisco Castanon; Guilherme Carvalho; Jansen de Souza; Juliana Benevenuto; Lucas Dornelas; Lucas Lopes; Marcela Cristine; Marcelo Vaz; Tarcísio Duarte; Tatiana Rigamonte; Vitor Fernandes.

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Brasil: um país de inventores

 

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Quando se fala de inventores, logo se pensa em personalidades estrangeiras como Alfred Nobel (inventor da dinamite), Alexander Graham Bell (inventor do telefone), Thomas Alva Edison (inventor da lâmpada), entre outros. Essa visão de que os inventores se encontram nos países desenvolvidos é fruto de toda uma influência sócio-cultural, ao longo de vários séculos, destes países sobre aqueles considerados inferiores. Nós, brasileiros, também possuímos grandes inventores, sendo o mais renomado  deles  o  mineiro Alberto Santos Dumont,

Fonte: http://mundoestranho.abril.com.br

lembrado principalmente pela invenção do avião e do relógio de pulso. Como sabemos bem, o brasileiro por ser dotado de grande criatividade para enfrentar as dificuldades do seu dia-a-dia, acaba por criar aparelhos e artifícios para superar tais dificuldades.

Dessa forma, cito algumas das invenções brasileiras para mostrar que além de samba, caipirinha e futebol, o Brasil também possui grandes inventores.

Comecemos pelo avião de Santos Dumont. Inventado em 1906, o 14 Bis foi o primeiro avião impulsionado por um motor à combustão. Entretanto que os norte-americanos alegam que a paternidade dessa invenção seria dos irmãos Orville e Willbur Wright, que teriam voado antes, em 1903, com o Flyer I, auxiliado por uma catapulta. Apesar dessa polêmica, em 2006, no centenário dos primeiros vôos com o 14 Bis, Santos Dumont recebeu homenagens pelo feito no Brasil e até na Europa.

Uma invenção genuinamente brasileira é o escorredor de arroz. Foi inventado em 1959 pela dona de casa Beatriz de Andrade, que associou uma bacia com uma peneira para lavar o arroz. O invento foi logo patenteado e fez o maior sucesso na Feira de Utilidades Domésticas de 1962.

O padre Roberto Landell de Moura, mais conhecido como Landell, foi o precursor da transferência de voz por ondas de rádio. Emitindo um som da Avenida Paulista, foi ouvido a 8 quilômetros de distância em um telefone sem fio. No mesmo ano, o italiano Guglielmo Marconi, que é considerado mundialmente como o pioneiro da radiotransmissão, conseguiu transmitir sinais telegráficos a algumas centenas de metros. Landell só foi reconhecido em 1942, quando a Justiça americana decidiu que Guglielmo Marconi não era o inventor da radiotransmissão.

O dirigível também é uma invenção tupiniquim. Foi criado em 1880 pelo paranaense Júlio Cezar Ribeiro de Souza, quando uniu o balonismo à aviação. Mas, devido à demora na apresentação da novidade, os franceses Charles Renard e Arthur Krebs, em 1884, plagiaram seu projeto e realizaram o primeiro vôo a bordo de um balão dirigível da história.

Hercules Florence em 1832, um francês radicado no Brasil, descobriu uma forma de gravar imagens com o uso da luz, imprimindo as fotos em papel sensibilizado com nitrato de prata (princípio utilizado até hoje). Porém, três anos depois, esse processo de revelação fotoquímica ganhou notoriedade na França com as pesquisas de Louis Daguerre e Joseph Niépce.

A máquina de escrever também é 100% brasileira. O padre Francisco João de Azevedo, em 1861, inventou um aparelho parecido com um piano de 24 teclas que imprimia letras num papel e para mudar de linha era preciso pisar em um pedal na parte de baixo do aparelho. Devido à idade avançada, entregou seus inventos a um negociante norte-americano que, em 1874, apresentou nos Estados Unidos um modelo bem semelhante ao do padre Azevedo.

Ainda temos outras invenções que merecem destaque, como: o balão de ar quente, o dirigível semi-rígido (que em vez de usar apenas tecido, possuía uma armação de metal na estrutura para melhorar a sustentabilidade), o coração artificial e o cafezinho de bolso (café já torrado e moído, em um pacotinho, pronto para ser utilizado), a urna eletrônica, o painel eletrônico (placas luminosas usadas nos jogos de futebol, durante as substituições), o tênis computadorizado (com sensores eletrônicos que agrupam dados de velocidade, distância e tempo), o cartão telefônico, o identificador de chamadas (BINA), etc.

Como podemos notar, nós brasileiros, somos dotados de grande criatividade e sempre com o nosso “jeitinho” de resolver os problemas do dia-a-dia, podemos sim ser considerados um país de grandes inventores.

 

 

 

 Lucas Gonçalves Dornelas

 

 

Referências:

 

- Tonon, Rafael. As dez invenções brasileiras mais injustiçadas. Revista Mundo Estranho, edição 059, janeiro/2007. Disponível em: www.mundoestranho.abril.com.br. Acessado em 27 de junho de 2008.