PET Ciências Biológicas – UFV

Biologia em Foco

Viçosa, outubro de 2005 * Nº42

    Vila Gianetti, 30*(31) 3899-2295*www.ufv.br/petbio*petbio@ufv.br

Prof. Lucio Campos; Amanda Miranda; Evelyze Pinheiro; Mário Moura; Odair Campos;

Paula São Thiago; Pedro Eisenlohr; Ricardo Solar; Rômulo Areal; Swiany Lima; Tatiana Rigamonte.

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Minas coordena pesquisa com peçonha do escorpião amarelo

 

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O conjunto de proteínas de uma espécie constitui o proteoma, cujo estudo é necessário para o entendimento da funcionalidade dos genes, visto que estes se expressam através das proteínas. Além de que, a identificação dos componentes bioativos das proteínas permitirá o levantamento de novos alvos farmacológicos, a criação de novos reagentes para diagnósticos clínicos e o desenvolvimento de imunobiológicos de interesse socioeconômico.

A Rede Nacional de Proteoma, implementada pelo Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT), objetiva  capacitar   e  desenvolver   pesquisadores   na

      

                            Fonte: http://cienciahoje.uol.com.br/

área de biotecnologia, promovendo maior interação das equipes de pesquisa a partir da integração das redes estaduais, assim como a difusão dos conhecimentos para todo o país.

A Rede de Proteômica, no Rio de Janeiro, criada em novembro de 2001 pela Faperj, agência de fomento vinculada à Secretaria de Estado de C & T e Inovação , foi a primeira a ser lançada no Brasil. Dedica-se ao estudo do vibrião da cólera, a ação do vírus da dengue em células hepáticas humanas, toxinas animais (veneno de serpentes) e a ação da bactéria Gluconacetobacter diazotrophicus, que fixa nitrogênio em cultura de cana-de-açúcar.

Em Minas Gerais, a Rede de Biomoléculas formada em 2000, cujo objetivo é estudar proteínas presentes no veneno do escorpião amarelo (Tityus serrulatus) e de parasitas causadores de doenças como a leishmaniose e malária, reúne pesquisadores das Universidades Federais de Minas Gerais (UFMG), de Ouro Preto (Ufop) e de Viçosa (UFV), além do Centro de Pesquisas René Rachou e a Fundação Ezequiel Dias (Funed).

Os cientistas prevêem a possibilidade de utilização das toxinas da peçonha do escorpião amarelo como uma boa alternativa para o controle biológico de pragas, uma vez que inseticidas que atuem apenas em insetos específicos poderão ser desenvolvidos. Ainda, a descoberta de um peptídeo de atividade anti-hipertensiva no veneno do escorpião tem potencial, segundo Adriano Pimenta, um dos coordenadores da pesquisa, para se transformar em um medicamento alternativo aos anti-hipertensivos disponíveis no mercado, que são produzidos com veneno de jararaca. Além disso, foram iniciados estudos sobre proteínas com ação antimicrobiana, o que futuramente pode levar ao desenvolvimento de novos antibióticos.
 

 

Amanda Soares Miranda

 

 

Referências:
- http://revista.fapemig.br/

- http://www.mct.gov.br/temas/biotec/proteoma