COMPORTAMENTO DE HÍBRIDOS EXPERIMENTAIS DE MILHO NA REGIÃO DA ZONA DA MATA DE MINAS GERAIS

CANIATO, Fernanda. F.(Estudante do 4º período do curso de agronomia); MIRANDA, Glauco Vieira (Professor Orientador, Departamento de Fitotecnia); COIMBRA, Ronaldo Rodrigues (Mestrando em Genética e Melhoramento); GALVÃO, João Carlos Cardoso (Professor Colaborador, Departamento de Fitotecnia).

RESUMO

O milho é um dos mais importantes cereais do mundo, sendo também uma das culturas mais importantes do Brasil, onde se produz anualmente em torno de 35 milhões de toneladas. A avaliação de novos materiais constitui uma maneira eficiente e econômica de se disponibilizar cultivares com alta produtividade para os agricultores. Visando identificar híbridos produtivos na Zona da Mata de Minas Gerais, foi instalado um ensaio na estação experimental da Universidade Federal de Viçosa localizada no município de Coimbra – MG, em novembro de 1998. Foram avaliados 36 híbridos experimentais oriundos do Programa de Melhoramento de Milho da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA). O delineamento utilizado foi o látice 6x6, com duas repetições, sendo a parcela experimental composta de duas linhas de 5,0 m de comprimento, espaçadas 0,9m, tendo portanto um área útil de 9,0 m2. Utilizou-se cinco plantas por metro linear, totalizando um população de 55000 plantas por hectare. A adubação foi realizada de acordo com a análise de solo. Os tratos culturais foram realizados a medida em que se fizeram necessários. Os caracteres avaliados foram produtividade (Kg/ha), número de dias da emergência ao florescimento masculino, altura de planta, altura de inserção da espiga, acamamento e quebramento, incidência de doenças foliares e o número de espigas/parcela. O híbrido que apresentou maior produtividade foi o HT970556, produzindo 12.536 kg/ha seguido dos híbridos HT2628-9 (12.115 kg/ha), HT47C-A (11.615 kg/ha), C333B (T) (11.183 kg/ha), HT9A97 (11.181 kg/ha), HT97516 (11,051 kg/ha), HT47C (10.911 kg/ha), HT971011 (10.878 kg/ha) e BRS3060 (10.860 kg/ha). O florescimento masculino ocorreu entre 58 e 64 dias após a emergência, tendo a altura de planta variado de 228,5 a 270,0 cm e a altura de espigas de 115,0 a 162,5 cm. O número de espigas variou de 45,0 a 72,5 espigas por parcela. Os híbridos mais produtivos não apresentaram problemas de acamamento, quebramento e doenças foliares. Concluiu-se que a existência de híbridos experimentais com produções acima da testemunha (C333B) mostra a eficiência do Programa de Melhoramento e a necessidade de avaliação contínua em busca de cultivares mais produtivos.