O mercado do milho pipoca é maior do que se pode inicialmente imaginar quando se considera os números de produção em valores absolutos e não em percentagens. O maior produtor mundial de milho pipoca são os Estados Unidos da América com uma área de 101.538 mil hectares e produtividade de 3.700 kg/ha, totalizando 375.691 mil toneladas. Esse mercado garante faturamento para as indústrias na ordem de 1,155 bilhão de dólares. No Brasil, as estatísticas à respeito do milho pipoca não foram publicadas, porém acredita-se que sejam consumidas 30 mil toneladas por ano. Em Minas Gerais, o Departamento Técnico da CEASA, registrou um comércio de milho pipoca por volta de 740 t/ano no período de 1988 a 1995, atingindo 1.256 t em 1997. Com o objetivo de avaliar o comportamento de híbridos de linhagens de milho pipoca e identificar novos cultivares para plantio na região foram conduzidos dois ensaios compostos de 42 e 16 híbridos na Estação Experimental de Coimbra, na Zona da Mata de Minas Gerais, nos anos agrícolas 1996/7 e 1997/8, respectivamente. Os delineamentos experimentais foram em látice retangular e em blocos casualizados, com duas e três repetições, respectivamente. Os ensaios foram constituídos por parcelas com uma e quatro linhas de 5 m de comprimento espaçadas de 0,9 m, respectivamente, nos anos de 1996/97 e 1997/98. A população de plantas foi de 50.000 plantas/ha. No primeiro ensaio, a capacidade de expansão média foi de 36 e a produtividade média de grãos de 4.004 kg/ha. No segundo ensaio, os 14 híbridos superiores apresentaram produtividade média de grãos de 4.777 kg/ha e capacidade de expansão média de 35,1. As produtividades e as capacidades de expansão dos dois ensaios mostraram-se acima da média dos cultivares avaliados nos ensaios nacionais e regionais. Concluiu-se que todos os híbridos apresentaram características agronômicas adequadas para plantio na região e promissores para utilização em programas de melhoramento.