AVALIAÇÃO DE HÍBRIDOS DE MILHO DE CICLO SUPERPRECOCE NA REGIÃO DA ZONA DA MATA DE MINAS GERAIS

SOUZA, Leandro Vagno de (Orientado 9º período do curso de agronomia); MIRANDA, Glauco Vieira (Professor orientador , Departamento de Fitotecnia); COIMBRA, Ronaldo Rodrigues (Mestrando em Genética e Melhoramento); GALVÃO, João Carlos Cardoso (Professor do Departamento de Fitotecnia)

RESUMO

No Brasil a produtividade média de milho é de apenas 2600 kg/ha, sendo bastante inferior a produtividade média dos Estados Unidos que gira em torno de 8000 kg/ha , tornado-se necessário a utilização de cultivares mais adaptados às nossas condições, sendo a avaliação e introdução de novos cultivares uma alternativa para a obtenção de maiores produtividades. Visando identificar híbridos que melhor se adaptam às condições edafo-climáticas da região da Zona da Mata de Minas Gerais, foram instalados dois Ensaios de Competição na Fazenda Experimental do Vale do Piranga em Ponte Nova - MG, pertencente a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) e na Estação Experimental de Coimbra em Coimbra - MG, pertencente a UFV. Os trabalhos realizados tiveram como objetivo avaliar 36 híbridos de milho de ciclo superprecoce. O delineamento experimental utilizado foi o de látice 6x6, com duas repetições, com parcelas experimentais de 8m2. Estas foram constituídas de duas fileiras de 5 metros de comprimento utilizando espaçamento de 0,80m entre fileiras, totalizando uma população de 55000 plantas/hectare. Foram avaliados os seguintes caracteres: produtividade(kg/ha); florescimento masculino: altura de planta; altura de espiga; acamamento; número de espiga por parcela e incidência de doenças foliares. O híbrido que apresentou maior produtividade foi o BRS3101, produzindo 10.205 kg/ha, seguido pelos híbridos CX9807 (9.794 kg/ha); DINA766 (9.740 kg/ha); FT5140 (9.394 kg/ha); Z83E30 (9.315 kg/ha); HT9A97 (9.007kg/ha); CX9801 (8.915 kg/ha); HTTR61 (8.880 kg/ha); XB4013 (8.815 kg/ha); XB7070 (8.778 kg/ha). O florescimento masculino ocorreu entre 53 a 57dias após a emergência. A altura de planta variou de 197 a 238cm e a altura de espiga de 104 a 150cm. Os híbridos não apresentaram problemas de acamamento e incidência de doenças. Concluiu-se que os híbridos mais modernos obtidos de Empresas de melhoramento mostraram-se mais produtivos do que todas as testemunhas e a necessidade de avaliação contínua em busca de cultivares cada vez mais produtivos.