Ronaldo Rodrigues Coimbra¹; Glauco Vieira Miranda²; Gisele Rodrigues Moreira¹; Derly José Henriques da Silva²; Cosme Damião Cruz³, Aurélio Vaz de Melo⁴ e Anderson Afonso Doná⁴.

¹Estudante de Doutorado do curso de Genética e Melhoramento/UFV. Secretaria de Genética e Melhoramento. CEP 36571-000, Viçosa - MG, Brasil. E-mail: coimbrarr@bol.com.br

²  Professor do Depto. de Fitotecnia/UFV.

³  Professor do Depto. de Biologia/UFV.

⁴  Estudante de agronomia da UFV.

O objetivo deste trabalho foi verificar a eficiência de descritores quantitativos e qualitativos de espiga e cariopse para a discriminação de genótipos de milho, avaliar a eficiência da utilização de medidas de dissimilaridade baseada em dados multicategóricos e comparar os resultados obtidos por meio da análise de dados quantitativos e qualitativos. Para isso, foi realizado um experimento em blocos ao acaso com duas repetições, sendo avaliados quatro híbridos comerciais, cinco populações de milho crioulo e sete populações de milho de paiol. Foram utilizados 14 descritores de espiga e cariopse, sendo sete quantitativos e sete qualitativos. Para os descritores quantitativos estudou-se a divergência genética por meio de análise de variáveis canônicas e método de agrupamento de Tocher, tendo como medida de dissimilaridade o D² de Mahalanobis. Para os descritores qualitativos utilizou-se o método de agrupamento de Tocher, tendo como medida de dissimilaridade a de variáveis multicategóricas. A determinação da divergência genética baseada em caracteres quantitativos foi eficiente. Os descritores quantitativos que mais contribuíram para a discriminação dos genótipos foram o número de fileiras de grãos e largura de grãos. Os genótipos contidos nos grupos dos híbridos, milho de paio e milhos crioulos, não apresentaram-se uniformes em relação aos descritores qualitativos avaliados, por isso, a determinação da divergência genética com base em dados multicategóricos não foi eficiente.