21a Aula

A REVOLUÇÃO FRANCESA

 

Se a economia do mundo do século XIX foi formada principalmente sob a influência da revolução industrial britânica, sua política e ideologia foram formadas fudamentalmente pela Revolução Francesa. A Revolução Francesa pode não ter sido um fenõmeno isolado, mas foi muito mais fundamental do que os outros fenômenos contemporâneos e suas consequências foram portanto mais profundas.

Em primeiro lugar, ela se deu no mais populoso e poderoso Estado da Europa (não considerando a Rússia); em segundo lugar, ela foi, diferentemente de todas as revoluções que se seguiram, uma revolução social de massa, e mais radical do que qualquer levante comparável; em terceiro lugar, foi a única ecumênica com efeitos revolucionários sobre todo o mundo .

NOBREZA: aproximadamente 400 mil pessoas, que entre os 23 milhões de franceses, gozavam de consideráveis privilégios, inclusive de isenção de vários impostos (mas não de tantos quanto o clero) e do direito de receber tributos federais. Guerreiros e não profissionais ou empresários por nascimento e tradição -os nobres eram impedidos de exercer um ofício ou profissão-, eles dependiam da renda de suas propriedades, ou se pertencessem á minoria privilegiada de grandes nobres, de casamentos milionários, pensões ou presentes. Com queda em suas rendas os nobres usavam seus privilégios reconhecidos para invadir  os postos oficiais que a monarquia absoluta preferira preencher com homens de classe média, políticamente inofensivos e técnicamente competentes.

Consequentemente, a nobreza não só exasperava os sentimentos da classe média por sua bem sucedida competição por postos oficiais, mas também corroía o próprio Estado através da crescente tendência de assumir a administração central e provinciana.

A MONARQUIA enfrentava problemas financeiros devido a uma estrutura fiscal e administartiva obsoleta e a sua participação na guerra americana e sua consequente dívida contribuiram para o insucesso.

A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789) foi um manifesto contra a sociedade hierárquica de privilégios nobres através da defesa da propriedade privada, da igualdade entre os homens e de maior observância á vontade geral do povo.

O TERCEIRO ESTADO: destinada a representar todos os que não eram nobres nem membros do clero, mas de fato dominada pela classe média, obteve sucesso, contra a resist~encia unificada do rei e das ordens privilegiadas, porque representava não apenas as opiniões de uma minoria militante e instruída, mas também as de forças bem mais poderosas; os trabalhadores pobres das cidades e o campesinato revolucionário.

A CONTRA-REVOLUÇÃO: transformou um levante de massa em potencial em um levante efetivo, mobilizando contra si as massas de Paris, já famintas, desconfiadas e militantes, com o resultado marcante da queda da Bastilha, uma prisão estatal que simbolizava a autoridade real e onde os revolucionários esperavam encontrar armas.

CAUSAS da REVOLUÇÃO: crise econômica/social

1o ESTADO: alto e baixo clero

2o ESTADO: nobreza palaciana, provinçal, toga

3o ESTADO: burguesia (alta, média, pequena), camponeses sem terra, sans-culottes

ESTADO ABSOLUTISTA: entrave ao capitalismo e consequentes ascensão da burguesia e iluminismo