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Universidade Federal de Viçosa Programa de Pós Graduação em
Genética e Melhoramento Seminário de
Tese |
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Seleção
de fontes de resistência a Bemisia tabaci
(Hemiptera: Aleyrodidae) dentre as sub-amostras de
tomateiro do Banco de Germoplasma de Hortaliças da UFV
O tomate Lycopersicon
spp. é uma das hortaliças mais importantes no contexto
econômico e social no Brasil. Em
2007, o Brasil foi responsável pela produção de 3.356.456 toneladas. O Estado
de Goiás é o maior produtor, seguido de São Paulo e de Minas Gerais (IBGE,
2008).
Existem vários fatores
responsáveis pela redução na produtividade do tomateiro. Dentre os fatores a
mosca branca (Bemisia tabaci)
constitui importante praga (Lourenção & Nagai, 1994). Este inseto possui metamorfose
incompleta, holometábolo (ovo-ninfa-adulto) (Bellows Junior et
al., 1994). Tanto as ninfas quanto os adultos possuem aparelho bucal do tipo
“picador-sugador”, sugando a seiva do floema (Krugner, 1995). A fase adulta desta
praga é responsável pela transmissão de viroses. Estas viroses transmitidas
pela mosca-branca causam redução na taxa de clorofila, de proteína e de
fotossíntese da planta, ocasionando amarelecimento, seca e necrose parcial das
folhas, conseqüentemente, diminuindo a floração e produtividade (Lombardi,
2002). Dentre os métodos para controlar este inseto, o controle químico é o
mais utilizado. Com o uso excessivo de inseticidas, aumentam-se os custos de
produção, devido ao elevado número de aplicações. Neste contexto, a busca de cultivares resistentes a esta praga, constitui alternativa
ao controle químico.
No
processo de obtenção de variedades resistentes às pragas, é de fundamental
importância o estudo dos mecanismos e causas da resistência. São três os
mecanismos que podem estar envolvidos na resistência de Lycopersicon spp. aos artrópodes pragas: antibiose
(Ecole et al., 1999), antixenose e tolerância (Panda & Krush 1995; Lara,
1991). Assim o objetivo deste trabalho foi selecionar
fontes de resistência a Bemisia tabaci (Hemiptera: Aleyrodidae) dentre
as sub-amostras de tomateiro do Banco de Germoplasma
de Hortaliças da UFV e determinar possíveis mecanismos e causas da resistência.
Foram
utilizados 103 sub-amostras do Banco de Germoplasma da UFV (BGH-UFV) e Santa
Clara como cultivar padrão com 3 repetições. A
avaliação da resistência por antixenose foi avaliada por meio do teste de
chance de escolha. Para tanto foram liberados 1200 adultos em uma arena, onde
estavam as plantas de tomateiro com 6 folhas
totalmente expandidas. A determinação da densidade de insetos foi realizada através
da contagem do número de adultos, ovos e ninfas localizados na face abaxial de
todas as folhas do tomateiro. A avaliação do número de adultos de mosca branca foi
realizada com 1, 2 e 4 dias após a infestação com
adultos de B. tabaci. Já a contagem
de ovos e ninfas foi realizada aos seis e oito dias, respectivamente. Calculou-se
o Índice de Preferência de Oviposição (IPO). A densidade de tricomas foi determinada
pela contagem na face abaxial da primeira folha totalmente expandida a partir
do ápice de cada planta.
Para
identificação preliminar dos compostos químicos foi realizada análise química a
partir de extratos hexânicos. Os dados foram submetidos à análise de variância e
teste de Scott-Knott a p<0,05. Foi realizada análise de correlação de
Pearson entre as densidades de adultos, ovos e ninfas com as densidades de
tricomas e compostos químicos presentes nos tratamentos. Além
disso realizou-se análise de regressão entre a densidade de tricomas e o
número de ovos em cada planta avaliada.
Verificou-se
que existe diferenças entre os números de adultos (F103,
208=3,29), ovos (F103, 208=6,00) e ninfas (F103, 208=3,63).
Os resultados das médias possibilitaram dividir as sub-amostras
em grupos mais suscetíveis e mais resistentes do que Santa Clara (cultivar padrão).
Observou-se resultado semelhante com o IPO. Com a elevação da densidade de
tricomas houve aumento do número de ovos. Resultado semelhante foi relatado por
Lima & Lara (2004). Foram identificados 20 picos de substâncias nos cromatogramas.
Foi observado correlações positivas e significativas entre
os compostos químicos (C14, C19, C26 e C28) e o número de adultos de B. tabaci. Oliveira et
al. (2008) verificaram correlação positiva entre as concentrações do composto
C26 e a suscetibilidade de Lycopersicon
spp. a Tuta
absoluta.
Assim
conclui-se que existem sub-amostras do BGH-UFV que são
fontes de resistência a B. tabaci. A
resistência dessas sub-amostras está relacionada a
todos os estádios de B. tabaci. O
mecanismo de resistência provável é antixenose. As causas de resistência estão
relacionadas a fatores químicos e morfológicos. Os compostos C14, C19, C26 e
C28 apresentaram correlação positiva e significativa com o número de adultos.
BELLOWS JUNIOR,
T.S.; PERRING, T.M.; GILL, R.J.; HEADRICK, D.H.
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(Homoptera: Aleyrodidae). Annals of the Entomological Society
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2008
PANDA, N. & KRUSH, G. S. Host plant resistance to pest.
Maria Elisa de Sena Estudante |
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Prof. Derly José Henriques da Silva Orientador |