Universidade Federal de Viçosa

Programa de Pós Graduação em Genética e Melhoramento

                              

 

 

SEMINÁRIO DE TESE

 

Indução da embriogênese somática em cana-de-açúcar

 

 

Heerdt, Eliane, M.Sc., Universidade Federal de Viçosa, março de 2008. 

Orientador: Márcio Henrique Pereira Barbosa

Co-Orientadores: Sérgio Yoshimitsu Motoike e Eveline Caixeta.

 

          A cana-de-açúcar é uma das espécies mais cultivadas no mundo todo, alcançando mais de 80 países. Com os avanços biotecnológicos surgem importantes ferramentas para o melhoramento genético da cana. Dentre as principais técnicas, está a transgenia que é de suma importância para espécies de propagação clonal como a cana-de-açúcar. É importante ressaltar que a transgenia é dependente do cultivo in vitro e, dentre suas técnicas está a embriogênese somática, objeto do presente estudo. Para a indução da embriogênese avaliaram-se os efeitos do regulador de crescimento 2,4-D nas concentrações de 0, 1, 3, 6 e 9 mg.L-1. Durante a multiplicação testou-se 1, 3 e 6 mg.L-1 de 2,4-D. Na maturação e germinação foram avaliadas a presença e ausência de luminosidade, além da presença ou ausência de sacarose no meio de cultivo. Verificou-se que as condições da planta em campo afetam diretamente o processo de desinfestação. A auxina é fundamental para a indução de calos embriogênicos, contudo não houve diferença significativa entre as diferentes concentrações do regulador de crescimento. Durante a multiplicação observou-se que a interação entre o 2,4-D e as cultivares foi significativa. Logo, procedeu-se o desdobramento da análise, onde 3 mg.L-1 de 2,4-D foi o tratamento mais eficiente para a multiplicação de calos da cultivar RB835486. Nas cultivares RB855536 e RB928064 houve uma relação inversa entre a concentração do regulador de crescimento e a expansão dos calos em milímetros. A presença ou ausência de sacarose no meio de cultura não influenciou significativamente a germinação dos embriões somáticos. O mesmo foi observado nos calos que foram mantidos sob o fotoperíodo de 16 horas-luz (claro) ou no escuro durante os 30 dias de cultivo. Apesar do limitado número de plântulas regeneradas, o processo de aclimatação das plântulas foi feito com sucesso, pois foram obtidos 59% de sobreviventes.