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Programa de Pós Graduação em Genética
e Melhoramento Seminário de Tema Livre MELHORAMENTO GENÉTICO DE BÚFALOS NO
BRASIL Prelecionista: Antonia Kécya França Moita Orientador: Paulo Sávio Lopes Conselheiros: Robledo de Almeida Torres Ricardo Frederico Euclydes Os búfalos são animais domésticos da
família dos bovideos, utilizados para produzir carne e leite para consumo
humano. São classificados na sub-família Bovidae, gênero Bubalis,
sendo divididos em dois grupos principais: o Bubalus bubalis com 2n=50
cromossomos, também conhecido como búfalo-do-rio, e o Bubalus bubalis var.
kerebau com 2n=48 cromossomos, conhecido como búfalo-do-pântano. Podendo ser utilizado como animal de tração. A introdução de búfalos no Brasil foi iniciada no fim do século XIX, na região Norte do País, a partir da Ilha do Marajó, com animais das raças do Sudeste Asiático e da Itália (Carabao e Mediterrâneo). As raças indianas (Jafarabadi e Murrah) foram introduzidas na região de Uberaba-MG e no Vale do Rio Grande-SP por iniciativa dos importadores de Gado Zebu. Os búfalos também se expandiram pelo Nordeste, Sul, Centro-Oeste, Vale do Ribeira-São Paulo. Metade da população mundial de búfalos encontra-se na Índia e são responsáveis por 65% da produção de leite e produtos lácteos naquele país. Porém, é na Itália que a espécie é explorada de forma mais tecnificada, com modernos programas de melhoramento genético. Em 1961 os
criadores fizeram a sua última importação de búfalos, quando então o governo
proibiu a entrada de novos animais. Havia entrado no Brasil 256 búfalos,
incluindo as importações destinadas aos jardins zoológicos. Estima-se que o
Brasil tenha de De acordo com TONHATI (1997), a quase totalidade dos criatórios adota regime extensivo, caracterizado pela falta de controle zootécnico, sanitário e nutricional, desconhecendo o desempenho dos búfalos quanto ao ganho em peso, produção e qualidade do leite e características reprodutivas. O búfalo é considerado o melhor conversor de alimentação pobre em
carne e leite de qualidade. Seu peso pode variar de O rendimento de carcaça dos bulalinos é
menor que dos bovinos, oscilando entre 52 e 56 %. Características de
qualidade da carne como: textura, palatabilidade,
distribuição e estrutura dos músculos, não diferem dos bovinos. Além de
possuírem baixa quantidade de gordura, tecidos conectivos mais desenvolvidos,
maior quantidade de proteína, ferro e fósforo. O Projeto de Melhoramento Genético dos Bubalinos no Brasil, (PROMEBUL) visa melhorar o desempenho dos animais através do manejo nutricional, reprodutivo e aplica um programa de melhoramento genético da produção de leite e carne dos bubalinos. Nesse programa, as fêmeas são classificadas quanto a sua tendência. As de habilidade leiteira são submetidas ao Controle Leiteiro, as mais produtivas, terão o desempenho produtivo e reprodutivo de seus descendentes acompanhado. Os machos após um ano de idade são submetidos à prova de ganho de peso no Centro de Avaliação dos Bubalinos - CABUL na FMVZ/UNESP/Botucatu. Os classificados, como elite, tem seu sêmen coletado para avaliação e formação de um banco de germoplasma. Os animais não aptos são abatidos, de comum acordo com os proprietários, para estudos detalhados da qualidade de sua carcaça, junto aos animais pertencentes ao programa de produção de carne. A base de dados do Promebul é constituída por mais de 10 mil lactações, oriundas de mais de quatro mil fêmeas controladas e pertencentes a quinze rebanhos dos estados: Paraná, São Paulo, Bahia, Ceará, Pará e Mato Grosso do Sul. Os criadores são estimulados a abater animais até dois anos de idade, para garantir um produto final de qualidade. Nos rebanhos em que se trabalha com controle zootécnico e genealógico, têm-se buscado acasalar animais de alto potencial produtivo, buscando o menor coeficiente de endogamia, visando a aumentar a freqüência de genes favoráveis às características produtivas ao mesmo tempo em que se evita a depressão endogâmica. Para isso, utilizam-se os métodos de avaliação genética, buscando identificar indivíduos com melhor potencial genético para uma determinada característica ou grupo de características desejadas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Boletim do búfalo in: http://www.bufalo.com.br/.n.1, 2004. Acesso em 02/09/2006. Boletim do búfalo in:http://www.bufalo.com.br/.n.2, 2005. Acesso em 02/09/2006. TONHATI, H. Melhoramento genético de bubalinos para carne e leite. IN: OLIVEIRA, G.J.C. de; ALMEIDA, A.M.L. de; SOUZA FILHO, U.A.S. O búfalo no Brasil. Cruz das almas: UFBA – Escola de Agronomia, 1997. p.101-113. TONHATI, H.; MUÑHOZ, M.F.C.;OLIVEIRA,
J.A.; DUARTE J.M.C.; FURTADO, TP.; TSEIMAZIDES, S.P.;
Parâmetros genéticos para produção de leite, gordura e proteína www.bichoonline.com.br/.../bufalo/carabao.htm. Acesso em 02/09/2006. www.bichoonline.com.br/.../bufalo/jafarabadi.htm. Acesso em 02/09/2006. www.bichoonline.com.br/.../bufalo/murrah.htm. Acesso em 02/09/2006. www.bichoonline.com.br/.../bufalo/mediterrâneo.htm. Acesso em 02/09/2006. www.kakuri.com.br/promebul.htm. Acesso em 06/09/2006. www.naturalsul.com.br/bufalo1.htm.
Acesso em 02/09/2006 www.portaldofazendeiro.com.br/Cietec/Artigos/ArtigosTexto.asp?Codigo=720, Acesso em 02/09/2006. www.produccionbovina.com/.../34-bufalo.htm Acesso em 06/09/2006. |
