Universidade Federal de Viçosa Programa de Pós Graduação em Genética
e Melhoramento Seminário de Tese MICROTUBERIZAÇÃO IN
VITRO DE CULTIVARES DE MANDIOCA E TARO Prelecionista: Cláudia
M. Fogaça Orientador: Fernando L. Finger Co-orientadores: Wagner C. Otoni e
Mário Puiatti RESUMO As culturas de mandioca e taro são
amplamente difundidas nos países em desenvolvimento de clima tropical, pois
apresentam como componente principal, a produção de amido a baixo custo. A mandioca (Manihot esculenta Crantz.),
originária da América do Sul, do gênero Manihot possui cerca de 200
espécies estudadas. A raiz de mandioca é o terceiro mais importante alimento
energético nos trópicos, após o arroz e o milho. O Brasil destaca-se como o
maior produtor mundial de mandioca, com cerca de 25 milhões de toneladas
anuais, o consumo per capita é de
aproximadamente 70 kg/ano (FAO, 2000). À semelhança da mandioca, o taro (Colocassia esculenta L.),
é uma espécie com larga distribuição geográfica, especialmente nas regiões
tropicais; rico em amido, o taro é considerado cultura típica de subsistência.
É uma espécie produtora de rizoma, com digestibilidade
da ordem de 97%, proporcionando eficiente liberação dos componentes durante a
digestão. Nos
últimos anos o fenômeno da microtuberização in vitro
tornou-se ainda mais importante para a rápida propagação de tubérculos livres
de doenças, manutenção e manipulação de material, facilidade conservação e transferência
(Zobayed et al., 2001).
Portanto, o uso da cultura in vitro é capaz de selecionar indivíduos uniformes que
podem ser usados nos estudos dos aspectos morfogenéticos
do processo de tuberização sob condições
controladas (Ulloa et
al., 1997). Diante do exposto, objetivou-se com
este trabalho induzir a microtuberização in vitro de
cultivares de mandioca e taro sob a ação diferentes reguladores de
crescimento, concentrações de sacarose, e de regime luminoso diferenciado. As
cultivares de mandioca Parazinha, Vassourinha foram
obtidas da EMBRAPA/CERNAGEN, e Mantiqueira
do Laboratório de Cultura de Tecidos da UFV – MG. As cultivares de taro
Japonês e Chinês foram provenientes da área experimental da Horta de
Pesquisas da Universidade Federal de Viçosa (UFV). Nos
diferentes experimentos de indução de microtuberização in vitro,
verificou-se em taro que a melhor cultivar foi a Japonês, sob o tratamento
com 5 mg.L-1 BAP e REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FOOD AND
AGRICULTURE OF THE UNITED NATIONS (FAO). A new
strategy for cassava. FAO: ULLOA, R.M., MAC
INTOSH, G.C., MELCHIORRE, M., MENTABERRY, A.N., DALLARI, P., MORICONI, D.N.,
TÉLLEZ-IÑÓN, M.T. Protein kinase activity in
different stages of potato (Solanum tuberosum L.) microtuberization. Plant Cell
Reports, 16: 426-429, 1997. ZOBAYED, S.M., ARMSTRONG,
J., ARMSTRONG, W. Micropropagation of potato:
evaluation of closed, diffusive and forced ventilation on growth and tuberization. Annals of Botany, 87: 53-59, 2001. |