Universidade Federal de Viçosa Programa de Pós Graduação em Genética
e Melhoramento Seminário de Tese SEMINÁRIOS
ANÁLISES
QUANTITATIVA E MOLECULAR VISANDO MELHORAMENTO DE MILHO QUANTO A TOLERÂNCIA AO
ALUMÍNIO Prelecionista: Ramon Vinícius de Almeida Orientador:
Prof. José Marcelo Soriano Viana Co-Orientadores:
Dra. Cláudia Teixeira Guimarães/Embrapa CNPMS Dr. Jurandir
Vieira de Magalhães/Embrapa CNPMS Prof. Cosme
Damião Cruz O milho (Zea
mays L.) é
o cereal de maior importância econômica no mundo, sendo cultivado tanto para
alimentação humana, quanto para alimentação animal, e mais recentemente como
fonte de biocombustível. A cultura do milho possui
lugar de destaque em nosso país predominantemente agrícola, uma vez que na
safra 2005/2006, aproximadamente 12 milhões de hectares do território
brasileiro foram dedicados ao cultivo desta gramínea, produzindo 35 milhões
de toneladas de grãos (FAO, 2007). Em razão da enorme
área mundial de cultivo, tornam-se imprescindíveis estudos a respeito de
fatores bióticos e abióticos que atuam seu desenvolvimento. Dentre, a
fertilidade do solo, mais precisamente a toxicidade por alumínio, é de suma
importância para esta cultura. O alumínio (Al) é o
metal mais abundante na crosta terrestre. Este elemento quando se encontra em
meios ácidos passa a ser solúvel, assumindo a forma do íon Al3+,
sendo extremamente tóxicos a animais e plantas. Em animais é uma neurotoxina
muito forte que se acumula no sistema nervoso e em plantas é o fator mais
limitante na produção de alimentos (FLATEN et
al., 1997; KOCHIAN & JONES, 1997). Em solos tropicais e subtropicais úmidos, que
normalmente são ácidos, seja pela ocorrência de precipitação suficientemente
alta, lixiviando bases, seja devido às rochas de
origem não apresentarem em sua constituição minerais
primários e secundários responsáveis pela reposição dessas bases, a
toxicidade ao alumínio representa um sério problema para a produção agrícola.
Praticamente a metade dos solos agricultáveis não irrigados no mundo é ácida
(MOUSTAKAS et al., 1993). Processos naturais, como o fluxo de remoção de
cátions básicos maior que a taxa de liberação pelas
intempéries e o processo de mineralização da matéria
orgânica por microorganismos do solo, resultando na liberação de nitrato e
hidrogênio, levam ao abaixamento do pH (FOY, 1984). Além dos processos
naturais de acidificação do solo, práticas agrícolas, como descarte de
resíduos e o uso de insumos agrícolas a base de nitrogênio-fósforo-potássio
e materiais nitrogenados, produzem o mesmo efeito (BOHNEN, 1995). Uma maneira de se tentar contornar o problema da
toxicidade por Al é a adoção da prática da calagem, objetivando o aumento do
pH acima de 5,5, neutralizando o Al3+. Todavia,
a aplicação de calcário em superfície não soluciona o problema em camadas
inferiores e a calagem em grandes profundidades apresenta problemas
operacionais e econômicos. Assim, uma estratégia que pode ser adotada é a
utilização de plantas melhoradas geneticamente (FOY, 1984). O conhecimento dos
efeitos da toxicidade, dos mecanismos de tolerância e do controle genético da
tolerância ao alumínio, são as chaves para auxiliar a obtenção de plantas
resistentes, seja por meio da biologia molecular, obtendo variedades transgênicas, ou por melhoramento clássico, selecionando
genótipos mais resistentes, culminando num aumento da produção agrícola em
níveis aceitáveis de custo de produção. Literatura Consultada: BOHNEN, H. Acidez e calagem. In: GIANELLO, C.; BISSANI, C.A.; TEDESCO, M.J. (eds.) Princípios de fertilidade de solo. Porto Alegre : Dep. de Solos. Fac. de Agronomia. UFRGS, 1995. p.51-76. FAO Statistical Database. Rome: FAO, 2002. Disponível em <http://faostat.fao.org/site/408/default.aspx> Acesso em: 23 fev 2007. FLATEN T.P, et al. Status and future concerns of clinical and
environmental aluminum toxicology. In RA
Yokel, MS Golub, eds, Research
Issues in Aluminum Toxicity. Taylor & Francis Ltd., FOY, C.D. Physiological effects of
hydrogen, aluminum and manganese toxicities in acid soil. In: KOCHIAN, L.V; JONES, D.L. Aluminum toxicity and resistance in plants. In RA Yokel, MS Golub, eds, Research Issues in Al Toxicity. Taylor & Francis Ltd., MOUSTAKAS, M.; OUZOUNIDOU, G.; LANNOYE, R. Rapid screening for
aluminum tolerance in cereals by use the chlorophyll fluorescence test. Plant Breeding, ---------------------------------------------
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José Marcelo. S. Viana |