Universidade Federal de Viçosa Programa de Pós Graduação em Genética
e Melhoramento SEMINÁRIO DE TEMA LIVRE Fernanda Cristina Breda
Melhoramento Genético de Búfalos RESUMO: A população mundial de búfalos (Bubalus bubalis) estimada é de 174 milhões de cabeças (11% do rebanho bovino mundial), em que 96,94% deste efetivo encontram-se na Ásia, 2,25% na África, 0,63% na América, 0,18% na Europa e 0,004% na Oceania. (FAO, 2006). Atualmente, o Brasil possui o maior rebanho búfalos das Américas (1,1 milhões de cabeças), constituído das raças Mediterrâneo, Murrah, Jafarabadi e Carabao. Mundialmente, o
principal produto do búfalo é o leite, representando cerca de
12,3% de todos os tipos de leite explorados. No Brasil, os búfalos
geralmente são criados em áreas da propriedade às
quais os bovinos não se adaptam e que são
inviáveis para a produção de alimentos (regiões
alagadas ou áreas pantanosas), por isso a maior concentração de búfalos no
país encontra-se na região norte (50%), onde o enfoque principal é a produção
de carne. Em novembro de Os primeiros animais chegaram à Ilha de Marajó, no Pará, por volta de 1890, porém a importância desta espécie como produtora de carne e leite no país é recente. Em 1971 foi criado um núcleo de bubalinos que passou a difundir a raça no país (Ramos, 2005). Neste período muitas associações regionais foram formadas e iniciaram-se as pesquisas nas áreas de nutrição, reprodução e produção de bubalinos. Na década de 90 as associações iniciaram uma série de ações integradas com o objetivo de incrementar a produtividade leiteira dos rebanhos nacionais, por meio da identificação de animais de elevado potencial produtivo, multiplicação deste material genético por inseminação artificial e difusão de núcleos regionais de produtores. Em 2005, o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e a Associação Brasileira de Criadores de Búfalos (ABCB) implementaram o “Programa de Melhoramento Genético de Búfalos leiteiros no Brasil”, nos moldes do teste de progênie da raça Gir, com os seguintes propósitos: avaliar e selecionar genótipos superiores mediante estruturação e execução de um programa utilizando teste de progênie; disponibilizar avaliação genética nacional de touros e vacas de modo a permitir a eleição de machos jovens para serem testados; e fomentar práticas gerais de manejo e pesquisas aplicadas em genética e melhoramento animal (Tonhati et al., 2006). Apesar do grande esforço
das associações e de alguns pesquisadores para melhorar a cadeia produtiva do
leite nos últimos 15 anos, não houve um processo intensivo de melhoramento
genético de búfalos, como observado em bovinos, em razão da falta de
interesse por parte dos criadores, limitações biológicas (sazonalidade
reprodutiva e menor percentagem de fertilização por inseminação artificial);
e limitações de infra-estrutura para realização de registros de produção e
inseminação artificial. Em razão disto e muitas vezes da falta de um manejo
reprodutivo, nutricional e sanitário adequado, aspectos
associados a melhoria da qualidade do produto e
produtividade dos rebanhos ainda apresentem desafios a serem superados. REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS ASCRIBU – Associação Sulina de Criadores de Búfalos. www.ascribu.com.br. Acessado em abril de 2007. FAO - Food and Agriculture Organization. http://faostat.fao.org. Acessado em abril de 2007. RAMOS, A.A. PROMEBUL. Programa de melhoramento genético de bubalinos. http://www.kakuri.com.br/promebul2.htm . Acessado em agosto de 2005. TONHATI, H.; MENDONZA-SANCHES, G.; SESANA, B.C.;
ALBUQUERQUE, L.G. Programa de Mejoramento Genético
de Búfalos Lecheros ________________________________ ________________________________ Fernanda Cristina Breda
Ricardo Frederico Euclydes (Aluna) (Orientador) |