O
programa GPOP tem por finalidade o ensino de Genética de populações.
Na Genética de Populações,
o termo população refere-se à reunião de indivíduos com diferentes
genótipos, pertencentes a uma mesma espécie e vivendo dentro de
uma área suficientemente restrita, com sistema de acasalamento definido e que possibilite a formação
de descendentes em freqüência proporcional à
contribuição gamética de seus genitores. Com esse conceito, o termo assume um componente genético (indivíduos
pertencentes à mesma espécie) e um componente espacial (convívio dentro de uma
mesma área).
Conhecer a estrutura genética de uma população permite presumir,
senão desvendar, quais os fenômenos ecológicos e genéticos atuantes nela. A
investigação sobre a estrutura de populações permite detectar modos de reprodução e estrutura familiar, estimar níveis
de migração e dispersão, ajudar no manejo de espécies ameaçadas de extinção e na manutenção de
bancos de germoplasma, além de auxiliar no
diagnóstico do histórico evolutivo de um conjunto de táxons. Ainda, para o
melhoramento genético, informações da estrutura populacional permitem ao melhorista realizar, ou predizer, mudanças em magnitude e
sentido desejados.
A teoria da genética populacional está preocupada, principalmente,
em entender duas variáveis bastante conectadas: a freqüência
gênica e a freqüência genotípica. Elas são os descritores
básicos, embora ênfase possa ser
dada também à heterozigosidade (diversidade gênica).
Modelos teóricos
desenvolvidos na Genética de Populações auxiliam na busca por respostas sobre o
comportamento das populações ou espécies. Cita-se, como exemplo, o modelo
reprodutivo de acasalamento ao acaso, que possui uma função importante em
outros modelos da genética populacional porque, freqüentemente,
serve como ponto de partida para a consideração de situações mais realísticas.
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