Capítulo 2 – INTRODUÇÃO
A GENÉTICA DE POPULAÇÕES
Exercícios
de Fixação
1)
Em uma espécie as flores são vermelhas (AA), rosas (Aa) ou
brancas (aa). Se uma população X ( 400 brancas, 400 rosas e 200 vermelhas) é
submetida ao acasalamento ao acaso, qual a relação genotípica na descendência
deste acasalamento.
P)
AA Aa aa
200 400 400
Acasalamento
ao acaso (aaa)
F1)
Para resolver esse exercício precisamos descobrir primeiro qual a frequência genotípica da população. A partir dela encontraremos a frequência alélica e essa ao quadrado corresponderá a frequência genotípica da descendência, por ser o acasalamento ao acaso.
Passo 1) Frequência genotípica da população
Passo 2) Frequência gênica da população
Para calcular a frequência do alelo A utilizaremos a frequência dos genótipos AA e Aa, enquanto a do alelo a, os genótipos Aa e aa.
Passo 3) Agora podemos encontrar a relação genotípica na descendência:
Onde:
p2 = f(AA), 2pq = f(Aa) e q2 = f(aa)
2. Em uma espécie as
flores são vermelhas (AA), rosas (Aa) ou brancas (aa).
a) Se uma população X ( 400 brancas, 200 rosas e 400
vermelhas) é submetida ao acasalamento ao acaso, qual a frequência de plantas
rosas na descendência?
P1)
AA Aa aa
200 400 400
Acasalamento
ao acaso (aaa)
F1)
Primeiro devemos descobrir qual a frequência genotípica da população. A partir dela encontraremos a frequência alélica. Essa ao quadrado corresponderá a frequência genotípica da descendência, por ser o acasalamento ao acaso. A frequência de plantas rosa será a frequência de indivíduos heterozigotos.
Passo 1) Frequência genotípica da população
Passo 2) Frequência gênica da população
Para calcular a frequência do alelo A utilizamos a frequência dos genótipos AA e Aa, enquanto a do alelo a, os genótipos Aa e aa.
Passo 3) Relação genotípica na descendência:
Onde:
p2 = f(AA), 2pq = f(Aa) e q2 = f(aa)
A frequência de plantas rosa será de 50%.
b) Qual seria a frequência de plantas brancas se a população
X fosse autofecundada?
P1)
AA Aa aa
400 200 400
Autofecundação
F1)
Precisaremos aqui da frequência genotípica da população calculada na questão a):
A cada geração de autofecundação a frequência de homozigotos aumenta e a de heterozigotos diminui, porque homozigotos só geram homozigotos, mas heterozigotos produzem metade da descendência de heterozigotos e a outra metade de homozigotos. Em uma geração de autofecundação a frequência de heterozigotos final será:
A diferença entre as frequências de heterozigotos inicial e final é distribuída igualmente entre as frequências dos indivíduos homozigotos da população:
A frequência de plantas brancas será de 45%.
3. Em uma espécie as
flores são vermelhas (AA), rosas (Aa) ou brancas (aa). Três populações X, Y e Z
têm as seguintes constituições:
População X: 480 brancas, 200 rosas e 320 vermelhas.
População Y: Está em equilíbrio e apresenta 48% das plantas
com flores rosas.
População Z. É formada pela descendência resultante do
acasalamento ao acaso entre indivíduos da população X.
Qual a frequência dos
alelos A e a nas populações:
a) X ?;
AA Aa aa
320 200 480
Primeiro descobriremos qual a frequência genotípica da população e a partir dela encontraremos a frequência alélica.
Passo 1) Frequência genotípica da população
Passo 2) Frequência gênica da população
Para calcular a frequência do alelo A utilizamos a frequência dos genótipos AA e Aa, enquanto a do alelo a, os genótipos Aa e aa.
b) Y ?;
AA Aa aa
Como a população está em equilíbrio, a frequência dos indivíduos rosa, que correspondem aos seres com genótipo heterozigoto, é dada por: (1)
Observe que essa frequência tem duas incógnitas, p
e q. Para conseguir resolver o exercício
precisaríamos de duas equações para converter as duas incógnitas em apenas uma.
Essa segunda equação é: (2)
Substituindo (2) em (1):
Usando a fórmula de Bhaskara:
Com a = 2, b = -2 e c = 0,48, temos:
Substituindo esses valores na equação (2), temos:
a) Se a frequência do alelo A for 0,6, a do alelo a é 0,4;
b) Se a frequência do alelo A for 0,4, a do alelo a é 0,6.
c) Z ?
P1)
AA Aa aa
320 200 480
Acasalamento
ao acaso (aaa)
F1)
Como o acasalamento foi ao acaso, as frequências alélicas não se modificaram. Sendo assim, a frequência alélica da população Z é idêntica a da população X, com a frequência do alelo A igual a 0,42 e a frequência do alelo a igual a 0,58.
4. Quais os fatores que afetam a frequência gênica de uma
população?
Há dois tipos de fatores que afetam a frequência gênica de uma população: os sistemáticos e os dispersivos. Nos processos sistemáticos a magnitude e direção das alterações da frequência genética são conhecidas, como exemplo temos a mutação. Quando ela está presente sabemos o quanto e para onde a frequência de determinado alelo será alterada:
Nos processos dispersivos conhecemos apenas a magnitude das alterações da frequência genética. Como exemplo temos a deriva genética, que representa o efeito do acaso sobre as frequências alélicas de uma população.
Imagine uma população de percevejos composta por 3 indivíduos verdes e 6 indivíduos marrons. Se uma pessoa pisar em dois indivíduos verdes, a próxima geração não contará com os alelos que esses indivíduos continham, mas não porque esses seres eram “piores”, mas pelo efeito do acaso.
5. Qual efeito da
autofecundação sobre a média, variância e frequência alélica em uma população?
Para responder a essa questão vamos imaginar uma população X que tenha as seguintes características:
Genótipo AA Aa aa
Valor genotípico 50 40 10
Frequência 0,4 0,3 0,3
A média da população será dada por:
E sua variância por:
As frequências alélicas da população são:
Mudanças
ocorridas com a autofecundação:
P)
AA Aa aa
Autofecundação
F1)
Uma geração de autofecundação irá alterar a frequência genotípica do heterozigoto da seguinte maneira:
A diferença entre as frequências de heterozigotos inicial e final será distribuída igualmente entre as frequências dos indivíduos homozigotos da população:
Devido a mudança dessas frequências, a média da população será alterada:
E sua variância também:
As frequências alélicas no entanto, permanecem as mesmas:
A autofecundação provocou a diminuição da média, o que também resultou no aumento da variância, devido ao aumento do número de genótipos extremos (homozigotos dominantes e recessivos). Esses são os resultados observados para qualquer população.
6. Considere duas populações P1 (50AA e 50 aa) e P2 (60 AA,
40Aa).
a)
Qual a frequência de plantas aa na terceira geração de
autofecundação sucessiva realizada na população P2?
P2)
AA Aa aa
60 40 0
3x
Autofecundação
F1)
Primeiramente devemos calcular a frequência genotípica da população:
A cada geração de autofecundação a frequência de homozigotos aumenta e a de heterozigotos diminui, porque homozigotos só geram homozigotos, mas heterozigotos produzem metade da descendência de heterozigotos e a outra metade de homozigotos. Em três gerações de autofecundação a frequência de heterozigotos final será:
A diferença entre as frequências de heterozigotos inicial e final é distribuída igualmente entre as frequências dos indivíduos homozigotos da população:
A frequência de plantas com flores brancas será 17,5%.
b)
Qual a frequência de plantas aa resultante do acasalamento ao
acaso em plantas da população P1?
P1)
AA Aa aa
50 0 50
Acasalamento
ao acaso
F1)
O primeiro passo para resolver esse exercício é calcular a frequência genotípica da população. A partir dela encontraremos a frequência alélica e essa ao quadrado corresponderá a frequência genotípica da descendência, por ser o acasalamento ao acaso.
Passo 1) Frequência genotípica da população
Passo 2) Frequência gênica da população
Para calcular a frequência do alelo A utilizamos a frequência dos genótipos AA e Aa, enquanto a do alelo a, os genótipos Aa e aa.
Passo 3) Relação genotípica na descendência:
Onde:
p12 = f(AA), 2p1q1 = f(Aa) e q12 = f(aa)
A frequência de plantas com flores brancas será de 25%.
c) Qual a frequência de plantas aa resultantes
do acasalamento entre as populações P1 (genitor masculino) e P2 (genitor feminino).
P1)
AA Aa aa
50 0 50
P2)
AA Aa aa
60 40 0
O primeiro passo é calcular as frequências genotípicas da população para encontrarmos as frequências alélicas, pois será a multiplicação dessas frequências que nos darão a frequência genotípica da descendência, por ser o acasalamento ao acaso. Como já temos as frequências genotípicas das duas populações (letra a) e a frequência gênica da população 1 (letra b), vamos apenas calcular a frequência alélica da população 2 e multiplicá-la pela frequência da população 1:
Passo 1) Frequência gênica da população 2
Para calcular a frequência do alelo A utilizamos a frequência dos genótipos AA e Aa, enquanto a do alelo a, os genótipos Aa e aa.
Passo 2) Agora podemos encontrar a relação genotípica na descendência:
Onde:
A frequência de plantas com flores brancas será de 10%.
7. Em uma espécie as flores são vermelhas (AA), rosas (Aa) ou
brancas (aa). Uma população X apresenta 156 plantas de flores brancas, 420
rosas e 224 vermelhas. Verifique se esta população encontra-se em equilíbrio de
Hardy-Weinberg.
AA Aa aa
224 420 156
Está
em equilíbrio?
Para verificar se a população está em equilíbrio devemos primeiramente calcular sua frequência genotípica. A partir dela encontraremos a frequência alélica e essa ao quadrado corresponderá a frequência genotípica esperada no equilíbrio. Ao multiplicar essa frequência pelo número total de indivíduos (N), encontramos o número esperado de seres. Por meio de um teste é possível verificar se os números esperados e observados são iguais estatisticamente, se isso ocorrer, concluímos que a população está em equilíbrio de Hardy–Weinberg (EHW).
Passo 1) Frequência genotípica da população
Passo 2) Frequência gênica da população
Para calcular a frequência do alelo A utilizamos a frequência dos genótipos AA e Aa, enquanto a do alelo a, os genótipos Aa e aa.
Passo 3) Frequência genotípica no equilíbrio:
Onde:
p2 = f(AA), 2pq = f(Aa) e q2 = f(aa)
Passo 4) Número esperado de indivíduos:
Passo 5) Teste estatístico:
O teste usado é o Qui Quadrado. Ele é um teste não paramétrico que compara proporções, ou seja, as possíveis divergências entre as frequências observadas e esperadas em um evento:
As hipóteses associadas a ele são:
Ho = As frequências observadas não são diferentes das esperadas, portanto a população está em equilíbrio;
Ha = As frequências observadas são diferentes das esperadas, portanto a população não está em equilíbrio.
O valor encontrado deve ser comparado com o valor tabelado, de acordo com o nível de significância adotado e grau de liberdade trabalhado. Normalmente adota-se para o nível de significância o valor de 5% . O grau de liberdade ( GL ) é dado pelo número de classes trabalhadas menos o número de parâmetros usados para o cálculo do número esperado de indivíduos.
Passo 5.1)
Cálculo do
Passo 5.2) Cálculo
do GL:
Vimos três fenótipos e usamos de 2 parâmetros para calcular o valor esperado (o número total de indivíduos e a frequência do alelo p). Temos então:
Passo 5.3)
Para o nível
de significância igual a 0,05 e GL = 1, temos o valor de
Passo 5.4) Conclusão
Como o
8. Em uma espécie as flores são vermelhas (AA), rosas (Aa) ou
brancas (aa). Realizaram-se cruzamentos entre plantas de flores vermelhas e
brancas obtendo a F1 rosa. A população F2, obtida do cruzamento entre plantas
F1, apresenta 156 plantas de flores brancas, 420 rosas e 224 vermelhas.
Verifique se esta população encontra-se em equilíbrio de Hardy-Weinberg.
P)
AA aa
F2)
AA Aa aa
224 420 156
Estando a população em equilíbrio, observaremos na F2 uma proporção de flores similar a:
Para verificar
se isso ocorre, vamos calcular o número esperado de indivíduos no
equilíbrio através da multiplicação da frequência esperada pelo número total de
indivíduos (N) e posteriormente comparar com o número observado por meio do teste de
Passo 1) Número esperado de indivíduos:
Passo 2) Teste estatístico:
O teste usado é o Qui Quadrado. Ele é um teste não paramétrico que compara proporções, ou seja, as possíveis divergências entre as frequências observadas e esperadas em um evento:
As hipóteses associadas a ele são:
Ho = As frequências observadas não são diferentes das esperadas, portanto a população está em equilíbrio;
Ha = As frequências observadas são diferentes das esperadas, portanto a população não está em equilíbrio.
O valor encontrado deve ser comparado com o valor tabelado, de acordo com o nível de significância adotado e grau de liberdade trabalhado. Normalmente adota-se para o nível de significância o valor de 5% . O grau de liberdade ( GL ) é dado pelo número de classes trabalhadas menos o número de parâmetros usados para o cálculo do número esperado de indivíduos.
Passo 2.1)
Cálculo do
Passo 2.2) Cálculo
do GL:
Vimos três fenótipos e usamos de 1 parâmetro para calcular o valor esperado (o número total de indivíduos). Temos então:
Passo 2.3)
Para o nível
de significância igual a 0,05 e GL = 2, temos o valor de
Passo 2.4) Conclusão
Como o
9. O que significa e
qual a utilidade do cruzamento teste?
Cruzamento teste é entendido como aquele entre um indivíduo qualquer e outro em homozigose recessiva para os genes envolvidos no controle do caráter em estudo. Tem sido de grande utilidade em estudos de ligação fatorial e de identificação de genótipos.
a) Identificação de genótipos
Considere plantas com dois tipos de cor de sementes: amarelo e verde, com o alelo que determina ser amarelo (V), dominando sobre o que determina ser verde (v). Para descobrir se um indivíduo amarelo é VV ou Vv podemos cruzá-lo com um indivíduo verde, se na prole houver pelo menos um indivíduo verde, concluímos que o pai amarelo é heterozigoto:
P)
V_ vv
F1)
Com pelo menos 1 vv concluímos que o pai é Vv
b) Estudos de ligação fatorial
Considere agora, além do caráter cor de semente, também o tipo de textura da semente, que pode ser lisa ou rugosa, com o alelo que determina ser lisa (R), dominando sobre o que determina ser rugosa (r). Para descobrir se os dois genes são independentes, podemos cruzar um indivíduo com sementes lisas e amarelas, reconhecidamente heterozigoto, com um indivíduo com sementes verdes e rugosas. Como o indivíduo com sementes verdes e rugosas é homozigoto recessivo, a prole demonstrará a relação gamética do indivíduo heterozigoto.
Probabilidade de o gameta produzido conter o alelo V ou v:
Vv
Probabilidade de o gameta produzido conter o alelo R ou r:
Rr
Sendo os genes independentes, a probabilidade de um gameta conter uma determinada combinação de alelos será dada pela multiplicação das probabilidades de receber cada um desses alelos:
Caso esteja ocorrendo ligação fatorial, as proporções serão diferentes das descritas anteriormente.
10. Um pesquisa tem interesse em produzir uma variedade que
contenha 7/8 da informação genética de uma variedade X e o restante de uma
outra variedade Y. Proponha um esquema de cruzamento que permita a obtenção
deste material genético.
Para a obtenção desse material genético deve-se usar o retrocruzamento (RC), que consiste no cruzamento de um descendente com qualquer um de seus genitores. À medida que se retrocruza a similaridade com o genitor recorrente aumenta e com a do genitor não recorrente diminui. No caso especificado o genitor recorrente deve ser a variedade X e o genitor não recorrente a variedade Y.
P)
F1)
Em termos de material genético temos: (1)
Para formar o RC1, a F1 deve ser cruzada com o genitor X:
F1 X
RC1)
Em termos de material genético o RC1 é: (2)
Substituindo (1) em (2), temos: (3)
Para formar o RC2, o RC1 deve ser cruzado com o genitor X:
RC1 X
RC2)
Em termos de material genético o RC2 é: (4)
Substituindo (3) em (4), temos: (5)
Para a obtenção de 7/8 da informação genética de uma variedade X e 1/8 da informação genética de uma variedade Y, são necessárias 2 gerações de retrocruzamentos.
Pelas análise das equações (3) e (5), chegamos as
seguintes fórmulas para cálculo da similaridade com os genitores recorrente (6) e não recorrente (7), respectivamente:
Sendo:
n = número do retrocruzamento.
11. Qual a frequência de plantas aa na terceira geração de
autofecundação sucessiva realizada em uma população original contendo 10 AA, 40
Aa e 50aa?
P)
AA Aa aa
10 40 50
3x
Autofecundação
F1)
aa
Precisaremos aqui da frequência genotípica da população:
A cada geração de autofecundação a frequência de homozigotos aumenta e a de heterozigotos diminui, porque homozigotos só geram homozigotos, mas heterozigotos produzem metade da descendência de heterozigotos e a outra metade de homozigotos. Em três gerações de autofecundação a frequência de heterozigotos final será:
A diferença entre as frequências de heterozigotos inicial e final é distribuída igualmente entre as frequências dos indivíduos homozigotos da população:
12. Considere A- : flor vermelha e aa : flor branca. Na
descendência da autofecundação de uma planta X, de fenótipo vermelho, surgiram
7 plantas de flores vermelhas. Qual a certeza que se tem ao se afirmar que o
genótipo de X é AA?
P) F1)
Autofecundação 7 A_
A_
Mesmo não tendo na prole nenhum indivíduo com fenótipo branco (aa), não podemos afirmar com 100% de certeza que o indivíduo com flores vermelhas é AA, pois um ser heterozigoto também poderia formar apenas filhos com flores vermelhas:
P) F1)
Autofecundação
" |
U |
¼ aa ¾ Aa Aa
A chance disso acontecer é de ¾ , portanto esse é o erro ao se afirmar que o indivíduo com flores vermelhas é AA e a certeza (c) associada será:
Sendo n o número de filhos.
13. Considere uma planta X, comercial e susceptível a uma
doença (aa), e outra Y, selvagem e resistente (AA). Cruzou-se X x Y e obteve-se
a F1. Posteriormente foram realizados vários retrocruzamentos entre os
descendentes resistentes e a variedade X.
a)
Em RC8, qual a frequência de plantas resistentes?
Planta X, susceptível Planta Y, resistente
aa AA
F1)
Planta resistente – Aa Pai
susceptível - aa
RC1)
½ Planta susceptível ½
Planta resistente
aa Aa
Para formar o RC2, assim como os demais retrocruzamentos, os indivíduos susceptíveis são eliminados, sendo a prole sempre formada por 50% de filhos resistentes e 50% de filhos susceptíveis a doença.
b) Qual o grau de similaridade das plantas RC4 resistentes
com a variedade X ?
Como X é o genitor recorrente a similaridade com ele será dada por:
14) Considere as populações P1 (10AA, 20Aa e 20aa) e P2 (60AA
e 40aa) e a geração F1 = P1 x P2. Responda:
a) Qual a frequência de heterozigotos na segunda geração de
autofecundação da população P1?
P1)
AA Aa aa
10 20 20
2x
Autofecundação
F1)
Aa
Precisaremos aqui da frequência genotípica da população:
A cada geração de autofecundação a frequência de homozigotos aumenta e a de heterozigotos diminui, porque homozigotos só geram homozigotos, mas heterozigotos produzem metade da descendência de heterozigotos e a outra metade de homozigotos. Em duas gerações de autofecundação a frequência de heterozigotos final será:
b)
Qual a frequência de heterozigotos na geração F1?
P1)
AA Aa aa
10 20 20
P2)
AA Aa aa
60 0 40
O primeiro passo é calcular as frequências genotípicas das populações para encontrarmos as frequências alélicas, pois será a multiplicação dessas frequências que nos darão a frequência genotípica da geração F1, por ser o acasalamento ao acaso. Como já temos as frequências genotípicas da população 1 (letra a), vamos começar calculando a frequência genotípica da população 2.
Passo 1) Frequência genotípica da população 2
Passo 2) Frequência gênica da população 1
Para calcular a frequência do alelo A utilizamos a frequência dos genótipos AA e Aa, enquanto a do alelo a, os genótipos Aa e aa.
Passo 3) Frequência gênica da população 2
Para calcular a frequência do alelo A utilizamos a frequência dos genótipos AA e Aa, enquanto a do alelo a, os genótipos Aa e aa.
Passo 4) Agora podemos encontrar a relação genotípica em F1:
Onde:
A frequência de indivíduos heterozigotos será de 52%.
c)
Qual a frequência de heterozigotos na terceira geração de
acasalamento ao acaso entre indivíduos de P2?
P2)
AA Aa aa
60 0 40
3x
Acasalamento ao acaso
F1)
Aa
Precisamos descobrir primeiro qual a frequência genotípica da população. A partir dela encontraremos a frequência alélica e essa ao quadrado corresponderá a frequência genotípica da descendência, por ser o acasalamento ao acaso. Como já temos pela letra b) as frequências genotípicas e gênicas, podemos simplesmente realizar o terceiro procedimento.
Passo 1) Relação genotípica na descendência:
Onde:
p2 = f(AA), 2pq = f(Aa) e q2 = f(aa)
Com o acasalamento ao acaso a população entrou em equilíbrio e as frequências genotípicas não mais se alterarão, sendo assim, após três gerações, a frequência de heterozigotos permanecerá sendo 0,48.
d)
Qual a frequência de heterozigotos na descendência de
retrocruzamento envolvendo o F1 e P2?
Pela letra b) sabemos a frequência dos genótipos AA, Aa e aa na população F1 e P2:
P2)
AA Aa aa
0,6 0 0,4
F1)
AA Aa aa
0,24 0,52 0,24
Pela letra b) também temos a frequência alélica da população 2, então para calcular a frequência genotípica da população RC1, obtida do acasalamento ao acaso entre F1 e P2, precisamos apenas calcular a frequência alélica de F1 e posteriormente multiplicá-la pela a frequência alélica de P2.
Passo 1) Frequência gênica da população F1:
Para calcular a frequência do alelo A utilizamos a frequência dos genótipos AA e Aa, enquanto a do alelo a, os genótipos Aa e aa.
Passo 2) Agora podemos encontrar a relação genotípica na descendência:
Onde:
A frequência de heterozigotos em RC1 será de 50%.
15. Numa amostragem de 150 homens e 300 mulheres,
verificou-se a seguinte distribuição de genótipos quanto à deficiência de G6PD
(enzima codificada por um gene ligado ao cromossomo X): Homens: 137 Normais e 13
deficientes; Mulheres: 247 normais homozigotas, 50 normais heterozigotas e 3
deficientes. Estime a frequência do alelo Xa (causa deficiência) na
população masculina e na população feminina.
Na espécie humana a mulher é o sexo homogamético,
enquanto o homem é o sexo heterogamético. Sendo assim temos:
Mulher doente Mulher
normal heterozigota Mulher
normal homozigota
XaXa
XAXa XAXA
3 50 137
Homem doente Homem normal
XaY XAY
13 137
No homem a frequência genotípica representará a frequência alélica, enquanto na mulher a frequência alélica será calculada utilizando-se as frequências genotípicas dos indivíduos homozigotos e heterozigotos.
Passo 1) Frequência genotípica da população feminina
Passo 2) Frequência genotípica da população masculina
Passo 3) Frequência gênica da população feminina
Para calcular a frequência do alelo A utilizamos a frequência de XAXA e XAXa , enquanto a do alelo a, XAXa e XaXa .
Passo 4) Frequência gênica da população masculina
Para calcular a frequência do alelo A utilizamos a frequência de XA Y, enquanto a do alelo a, XaY.
Portanto, a frequência do alelo Xa nos homens e nas mulheres é, respectivamente, 0,0867 e 0,0935.
Exercícios Práticos
Sugestão: Utilize o programa GBOL
para ampliar seus conhecimentos sobre Genética de Populações utilizando os
procedimentos Herança Monofotorial – Cruzamentos, cruzamento teste,
retrocruzamentos e autofecundações.
Para resolução dos exercícios
práticos sugere-se utilizar os seguintes procedimentos no GBOL:
Genética de populações – Equilíbrio
– Acasalamento
Genética de populações – Equilíbrio
– Deriva
Genética de populações – Equilíbrio
– Seleção
Genética de populações – Dinâmica de
Populações AA, Aa e AA
1)
Represente graficamente as frequências genotípicas e alélicas
em 10 gerações de acasalamento ao acaso em uma população original X constituída
por 1000 AA, 1230 Aa e 830 aa. Discuta os resultados.
Para realizar esse exercício é necessário ter o programa Gbol instalado no computador. Vá até a parte superior da tela, em “Procedimentos”, desça até “Genética de populações” e clique em “Equilíbrio”. Uma nova página se abrirá, no canto esquerdo clique em “Ao acaso”, logo abaixo de “Acasalamentos”. Novamente uma página se abrirá. Coloque os números de indivíduos com os genótipos AA, Aa e aa no quadro “População” e o número de gerações, no quadro “Simulação”. Clique em “aaa”, logo abaixo de uma seta que aponta para o quadro “Descendência”. Vá até a parte superior da tela, em “Gráficos”. Uma página contendo o seguinte gráfico se abrirá:
As
frequências genotípicas e alélicas mantiveram-se praticamente constantes, o que
evidencia a baixa influência do acaso sobre elas devido ao número relativamente
grande de indivíduos na população.
2)
Represente
graficamente a oscilação na frequência do alelo A da população X, em que foram
obtidas cinco amostras com apenas 30 indivíduos cada e submetida a 20 gerações
de acasalamento ao acaso. Discuta os resultados.
Para realizar esse exercício é necessário ter o programa Gbol instalado no computador. Vá até a parte superior da tela, em “Procedimentos”, desça até “Genética de populações” e clique em “Equilíbrio”. Uma nova página se abrirá, no canto esquerdo clique em “Deriva”, logo abaixo de “Frequência gênica”. Novamente uma página se abrirá. Coloque os números de indivíduos com os genótipos AA, Aa e aa no quadro “População” e o número e o tamanho da amostra, além do número de gerações, no quadro “Descendência”. Clique em “Simula”, logo abaixo do quadro anterior. Vá até a parte superior da tela, em “Gráficos”. Uma página contendo o seguinte gráfico se abrirá:
As
frequências genotípicas e alélicas variaram bastante devido a elevada
influência dos efeitos aleatórios sobre a população, por ter essa um número
pequeno de indivíduos.
3)
Represente graficamente as frequências genotípicas e alélicas
em 20 gerações de acasalamento ao acaso da população X sujeita a seleção contra
o recessivo (valor seletivo de aa = 0,8). Discuta os resultados.
Para realizar esse exercício é necessário ter o
programa Gbol instalado no computador. Vá até a parte superior da tela, em
“Procedimentos”, desça até “Genética de populações” e clique em “Equilíbrio”.
Uma nova página se abrirá, no canto esquerdo clique em “Seleção”, logo abaixo
de “Frequência gênica”. Novamente uma página se abrirá. Coloque os números de
indivíduos com os genótipos AA, Aa e aa no quadro “População”, assim como seu
valor seletivo (VS). Coloque o número de gerações, no quadro “Simulação”. Clique
em “aaa”, logo abaixo de uma seta que aponta para o quadro “Descendência”. Vá
até a parte superior da tela, em “Gráficos”. Uma página contendo o seguinte gráfico se
abrirá:
Apesar da seleção ser contra o alelo recessivo sua frequência e a do genótipo homozigoto recessivo demorarão a chegar a zero, pois o alelo está presente no genótipo heterozigoto.
4) Avalie 20 ciclos de acasalamento ao acaso de uma população
constituída por 30AA, 20 Aa e 50aa. Considere que cada casal deixa, em média, 2
descendentes para a próxima geração.
Para realizar esse exercício é necessário ter o programa Gbol instalado no computador. Vá até a parte superior da tela, em “Procedimentos”, desça até “Genética de populações” e clique em “Equilíbrio”. Uma nova página se abrirá, no canto esquerdo clique em “AA, Aa e aa”, logo abaixo de “Dinâmica de populações”. Novamente uma página se abrirá. Clique em “Parâmetros”. Coloque os números de indivíduos com os genótipos AA, Aa e aa e clique no botão “Número de Indivíduos”. Os indivíduos aparecerão na tela. Em seguida coloque o número de descendentes, e, no caso desse exercício, selecione a opção “Exatamente”. Clique em “Descendentes/Cruzamento”. O número de obstáculos pode ser 4. Clique em “Número de obstáculos” e eles aparecerão na tela. Coloque o número de ciclos e clique em “Num. cruzamento/ciclo”. Clique em “Movimentação”. Vá até a parte superior da tela e clique em “Retornar”. Posicione os obstáculos móveis ( pedras) como desejar. Clique em “Executar”. Clique em “Gráficos” até que o eixo das abscissas esteja no número de gerações desejado. Após 20 ciclos de acasalamento ao acaso teremos o seguinte gráfico:
Os encontros entre os indivíduos são inteiramente eventuais. Os obstáculos foram colocados para que a direção que um indivíduo seguia inicialmente possa se tornar diferente em algum momento, assim como ocorre na vida real. As frequências genotípicas e alélicas se alteraram devido ao efeito do acaso.
As fotos usadas foram retiradas de:
http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=180574
http://www.imagensdeflores.net.br/2011/01/rosas-cor-de-rosa.html
http://ultradownloads.com.br/busca/desenho-rosas-vermelhas/2,,,,,11,2,.html
http://pt.depositphotos.com/1621098/stock-photo-yellow-peas-grain.html
http://biossintese.blogspot.com.br/2009/09/apos-o-estudo-detalhado-de-cada-um-dos.html
http://novotempo.com/audios/marcos-5-dois-mil-porcos-por-uma-alma/
http://www.diabeticool.com/voce-usaria-insulina-de-porco-ao-inves-das-sinteticas/
http://www.auctus.com.br/a-fabula-dos-porcos-assados/
http://clubedosanimais.com.br/os-5-animais-mais-inteligentes-do-planeta/
https://imaginacaoativa.wordpress.com/2009/10/16/maravilha-mirabilis-jalapa/
http://maliaria.blogspot.com.br/2014/10/as-9-flores-mais-cheirosas-do-mundo.html
http://www.revistacampoenegocios.com.br/antracnose-e-serio-problema-no-feijoeiro/
http://hortas.info/como-plantar-feij%C3%A3o
http://www.canstockphoto.com.br/doente-mulher-9488476.html
http://www.fotosearch.de/CSP575/k5751271/
http://www.corposaun.com/corpo-forma-mente/5303/
http://blog.opovo.com.br/homemetc/em-acao-nao-esqueca-de-se-hidratar/