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Produção: Laboratório de Bioinformática
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Aplicativo suporte: Programa GBOL – Genética Básica on
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Comunidade (facebook): GbolNews
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CONCEITO
É entendido como o
cruzamento entre um indivíduo (I) qualquer com outro em homozigose
recessiva para os genes envolvidos no controle do caráter em estudo. Tem sido
de grande importância em estudos de ligação fatorial ou em estudos de
identificação de genótipos.
IMPORTÂNCIA
Em estudos de ligação fatorial, a distância entre genes é medida pela freqüência de gametas recombinantes. Assim, para se estimar
a freqüência de cada gameta produzido por um duplo
heterozigoto, com genes ligados, realiza-se o cruzamento-teste. O testador,
sendo recessivo, permite a manifestação de genes vindos do duplo-heterozigoto,
e a freqüência dos indivíduos formados reflete a freqüência de seus gametas.
Em estudos de identificação de genótipos, o
cruzamento-teste também tem sua importância. Considera-se certa doença em uma
espécie, sendo a resistência determinada por A- (AA ou Aa) e a
susceptibilidade, por
aa. Tendo-se um indivíduo com fenótipo dominante (resistente), surge a dúvida
de tratar-se de um homozigoto ou de um
portador da forma alélica indesejável. A identificação do verdadeiro genótipo
torna-se possível com a
análise da descendência do cruzamento-teste, pois existem duas
possibilidades:
a) se surgirem só descendentes resistentes, conclui-se que o indivíduo é AA; e
b) se surgirem
descendentes resistentes e suscetíveis, conclui-se que o indivíduo é Aa.
TAMANHO DE AMOSTRA
O problema que surge na análise da descendência para
identificação de genótipos diz respeito ao número de indivíduos necessários,
para que a inferência a respeito do genótipo do genitor seja feita com grau
satisfatório de certeza. Assim, se na descendência do cruzamento-teste surgirem
resistentes e suscetíveis, ter-se-á certeza absoluta de que o genitor é Aa,
mas, se surgirem n descendentes resistentes, e n for
um número relativamente pequeno, concluir-se-á que o genitor tem genótipo AA,
mas com certeza 1 - a, sendo a o erro que se
comete por desprezar o fato de o indivíduo poder ser Aa e no cruzamento (no
caso, cruzamento-teste) proporcionar apenas resistentes.
Podemos considerar duas situações de identificação de
genótipos:
Um indivíduo resistente que, ao ser submetido ao
cruzamento-teste,
proporcionou n
descendentes resistentes
Neste caso, conclui-se que o genótipo do indivíduo é AA, com certeza de 1 - a, sendo a o erro que se
comete por desprezar o fato de o indivíduo poder ser Aa e, no cruzamento-teste
proporcionar apenas resistentes. Logo, o erro a é estimado por meio
de:
a = (1/2)n
e c = certeza = 1 - a
Assim, o número de descendentes a serem avaliados, para se concluir sobre o
genótipo do genitor com c % de certeza é:
n = LOG(1-c)/LOG(1/2)
Se for especificada certeza de 99%, teremos:
n = LOG(1-0,99)/LOG(1/2) =
6,64
Ou seja, serão necessários 7 descendentes para que a
inferência sobre o genitor seja feita com 99% de certeza.
Ilustração (Gbol)
Um indivíduo resistente que, ao ser autofecundado,
proporcionou n
descendentes resistentes
Neste caso, conclui-se que o genótipo do indivíduo é AA, com certeza de
1 - a, sendo a o erro que
se comete por desprezar o fato de o indivíduo poder ser Aa e, na
autofecundação, proporcionar apenas resistentes. Logo, o erro a é estimado por
meio de:
a= (3/4)n e c
= certeza = 1 - a
Se for especificado um certo grau de certeza, pode-se
estimar o tamanho da amostra por meio de:
n = LOG(1-c)/LOG(3/4)
Assim, se for especificado certeza de 99%, teremos:
n = LOG(1-0,99)/LOG(3/4) =16
Ou seja, serão necessários 16 descendentes para que a inferência sobre o
genitor seja feita com 99% de certeza.
Ilustração (Gbol)