Glossário extraído do livro: 

Allard, R.W. Princípios do melhoramento genético das plantas. 381p. 1971.

 

 

·          Produção: Laboratório de Bioinformática

·          Aplicativo suporte: Programa GBOL – Genética Básica on line

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Ø  Acaso (casualização). Obtido por acaso, por meios aleatórios sem discriminação

 

Ø  Adaptação. Processo pelo qual indivíduos (ou parte de indivíduos), populações ou espécies mudam de forma ou função, de tal forma que sobrevivam melhor em certas condições ambientais. Também o resultado deste processo.

 

Ø  Alelo ou alelomorfo. Uma das alternativas de um par ou série de formas de um gene, os quais são alternativos na herança, porque estão situados no mesmo loco em cromossomos homólogos.

 

Ø  Alelo múltiplo. Membro de uma série de mais de duas formas alternativas de um gene.

 

Ø  Alopoliplóide. Poliplóide que é formado por conjunto de cromossomos geneticamente diferentes, como, por exemplo, o conjunto proveniente de duas ou mais espécies diferentes.

 

Ø  Ambiente. Soma de todas as condições externas que afetam o crescimento e desenvolvimento de um organismo.

 

Ø  Amostra. Série finita de observações tomadas de uma população.

 

Ø  Aneuplóide. Organismo cujo número de cromossomos somático não é múltiplo do número haplóide.

 

Ø  Anfidipóide.  Poliplóide cujo complemento cromossômico é constituído pelos dois complementos somáticos completos de duas espécies.

 

Ø  Apomixia. Reprodução na qual tomam parte órgãos sexuais ou estruturas relacionadas, não ocorrendo, porém, a fertilização, de tal forma que a semente resultante se produz vegetativamente.

 

Ø  Assinapse. Falta de pareamento dos cromossomos homólogos durante a meiose.

 

Ø  Associação. Alelos recessivos estando ligados em um cromossomo homólogo e seus dominantes correspondentes em outro cromossomo. Palavra oposta a repulsão, na qual cada membro do par de cromossomos homólogos carrega um alelo dominante e outro recessivo.

 

Ø  Autofecundaçao. União dos gametas masculino e feminino do mesmo indivíduo.

 

Ø  Autofertilidade. Capacidade para produzir sementes por autofecundação.

 

Ø  Autogamia. Autofecundação.

 

Ø  Auto-incompatibilidade. Impossibilidade fisiológica, controlada geneticamente de produzir fruto por autofecundação.

 

Ø  Autopoliplóide. Poliplóide formado pela multiplicação de um conjunto completo haplóide de cromossomos de uma espécie.

 

Ø  Biometria. Ramo da ciência que trata dos procedimentos estatísticos em Biologia.

 

Ø  Biótipo. Grupo de indivíduos com o mesmo genótipo. Os biótipos podem ser homozigotos ou heterozigotos.

 

Ø  Bivalente. Par de cromossomos homólogos unidos na primeira divisão meiótica.

 

Ø  Capacidade de combinação (ou capacidade combinatória). Geral: comportamento médio de uma linhagem em uma série de cruzamentos. Específica : Desvio do comportamento esperado, tomando como base a capacidade geral de combinação.

 

Ø  Caráter. Atributo de um organismo que resulta da interação de um gene ou genes com meio ambiente.

 

Ø  Caráter qualitativo. Caráter no qual a variação é descontínua.

 

Ø  Caráter quantitativo. Caráter no qual a variação é contínua, de tal forma que não é possível a classificação em categorias discretas.

 

Ø  Casualização. Processo de fazer sorteio ou acaso.

 

Ø  Centrômero. (Ver cinetócoro).

 

Ø  Cêpa (Ver SUBVARIEDADE ou STRAIN).

 

Ø  Cinetócoro. Inserção do fuso. Região localizada em cada cromossomo na qual está inserida a fibra do fuso, que parece determinar o movimento dos cromossomos durante a mitose e meiose.

 

Ø  Clone. Grupo de organismos que descendem por mitoses de um antecessor comum.

 

Ø  Coeficiente de consagüinidade. Medida quantitativa da intensidade de consangüinidade (endogamia).

 

Ø  Coeficiente De Regressão. Medida numérica da intensidade de mudança da variável dependente com relação à independente.

 

Ø  Consagüinidade (Ver endogamia).

 

Ø  Covariância. Média do produto de desvio de duas variáveis de médias individuais. Medida estatística da inter-relação entre variáveis.

 

Ø  Cromossomo. Unidades estruturais do núcleo portadoras dos genes em ordem linear. Os cromossomos sofrem um ciclo típico em que muda drasticamente a sua morfologia nas várias fases do ciclo vital dos organismos.

 

Ø  Cromatídio. Uma das duas estruturas em forma de filamento, formada por divisão longitudinal de um cromossomo durante a prófase meiótica e que se chamam cromossomos irmãos durante a anáfase.

 

Ø  Cruzamento dialélico. Cruzamentos em todas as combinações possíveis de uma série de genótipos.

 

Ø  Cruzamento duplo. Cruzamento entre dois híbridos F1.

 

Ø  Cruzamento entre irmãos ("sib-mating"). Cruzamento entre indivíduos irmãos.

 

Ø  Cruzamentos recíprocos. Cruzamentos em que se invertem os gametas masculino e feminino.

 

Ø  Cruzamento simples. Cruzamento entre dois genótipos, geralmente duas linhas endogâmicas, no melhoramento de plantas.

 

Ø  Cruzamento-teste. Cruzamento de um heterozigoto duplo ou múltiplo com o correspondente recessivo duplo ou múltiplo, para comprovar a homozigose ou ligação.

 

Ø  Deficiência. Ausência ou deleção de um segmento do cromossomo.

 

Ø  Despendoamento. Ato de arrancar o pendão (inflorescência masculina), como no milho.

 

Ø  Desvio. Afastamento de uma observação do seu valor esperado.

 

Ø  Desvio-padrão ou "standard". Medida de variabilidade. Matematicamente, distância sobre o eixo das abscissas desde a média até o ponto de inflexão da curva normal.

 

Ø  Di-Híbrido. Heterozigoto com relação a dois genes.

 

Ø  Dióica. Planta na qual as flores masculinas e femininas estão em indivíduos diferentes.

 

Ø  Diplóide. Organismo com dois cromossomos de cada classe.

 

Ø  Diplóteno. Estado da meiose que se segue ao paquíteno e durante o qual se

Ø  separam quatro cromatídios de cada bivalente em dois pares,porém permanecem unidos  nas regiões dos quiasmas.

 

Ø  Disjunção. Separação dos cromossomos na anáfase.

 

Ø  Dominância. Interação entre alelos tal que um dos alelos se manifesta mais ou menos, quando heterozigoto, que seu alelo alternativo.

 

Ø  Oscilação genética ou efeito de sewall wright ou "drift". Mudanças na freqüência gênica e genotípica em populações pequenas devido a um processo de acaso.

 

Ø  Duplex. (Ver nuliplex).

 

Ø  Duplicação. Ocorrência dupla de um segmento de um cromossomo no conjunto haplóide.

 

Ø  Emasculação (castração). Remoção das anteras ou dos gametas masculinos de uma flor.

 

Ø  Endogamia (consangüinidade). Cruzamento entre indivíduos mais estreitamente relacionados do que se o cruzamento se fizesse ao acaso.

 

Ø  Epidemia (epifitotia). Expansão ininterrupta de uma doença.

 

Ø  Epístase. Dominância de um gene sobre outro gene não alélico. O gene que tem seu efeito suprimido chama-se hipostático. Geralmente se usa o termo epístase para descrever todos os tipos de interação não alélica, onde qualquer manifestação em um loco está afetada pela fase genética de qualquer dos demais locos.

 

Ø  Equilíbrio (balanço). Condição na qual os componentes genéticos estão ajustados em proporção tal, que dão um desenvolvimento satisfatório.

 

Ø  Equilíbrio genético. Condição em que gerações sucessivas de uma população contém os mesmos genótipos, nas mesmas proporções com relação a genes ou combinações de genes.

 

Ø  Erro de amostragem. Desvio do valor de uma amostra do verdadeiro valor, devido ao seu limitado tamanho.

 

Ø  Erro padrão ou "standard". Estatística correspondente ao valor estimado do desvio-padrão (parâmetro).

 

Ø  Espécie. Unidade de classificação taxonômica dentro da qual os gêneros estão subdivididos. Grupo de indivíduos semelhantes que diferem de outros conjuntos semelhantes de indivíduos. Em organismos que se reproduzem sexuadamente, o grupo de máximo intercruzamento, isolado de outras espécies por barreiras de esterilidade ou incapacidade reprodutiva.

 

Ø  Estatística. Estimação de um parâmetro a partir de uma amostra. A estatística é para a amostra o que o parâmetro é para a população.

 

Ø  Esterilidade somatoplástica. Degenerescência dos zigotos durante os estados embrionários devido a alterações nas relações endosperma-embrião.

 

Ø  Exocruzamento. Cruzamento, geralmente natural, com uma planta de diferente genótipo.

 

Ø  Expressividade. Grau de manifestação de um caráter genético.

 

Ø  F1. Primeira geração filial de um cruzamento.

 

Ø  F2. Segunda geração filial obtida por autofecundação ou cruzamento entre si de indivíduos F1.

 

Ø  F3. Progênie obtida por autofecundação de indivíduos F2.

 

Ø  Fator. Mesmo que gene.

 

Ø  Família (Genearca, linhagem ou seleção). Grupo de indivíduos diretamente relacionados, por descender de um antecessor comum.

 

Ø  Fenótipo. Aparência de um indivíduo como contraste à sua composição genética. Também se utiliza para designar um grupo de indivíduos com aparência semelhante, porém não necessariamente com idênticos genótipos.

 

Ø  Freqüência Gênica. Proporção em que aparecem em uma população os alelos alternativos de um gene.

 

Ø  Fertilidade. Capacidade de produzir descendência viável.

 

Ø  Fertilização. Fusão dos núcleos dos gametas masculino e feminino.

 

Ø  Gameta. Célula de origem meiótica especializada para a fecundação.

 

Ø  Gene. Unidade da herança. Estão localizados em locos fixos, nos cromossomos e podem existir em uma série de formas alternativas chamadas de alelos.

 

Ø  Genes modificadores. Genes que afetam a expressão de gene ou genes não-alélicos.

 

Ø  Genômio. Conjunto de cromossomos correspondente ao conjunto haplóide de uma espécie.

 

Ø  Genótipo. Constituição genética total de um organismo.

 

Ø  Germoplasma. A soma total dos materiais hereditários de uma espécie.

 

Ø  Graus de Liberdade, Número de. Número de comparações independentes que podem ser feitas com um conjunto de dados.

 

Ø  Haplóide. Célula ou organismo com o número (n) de cromossomos dos gametas.

 

Ø  Herança Citoplasmática. Transmissão de caracteres hereditários através do citoplasma, em contraste com a transmissão por meio dos progenitores masculino e feminino em cruzamentos recíprocos.

 

Ø  Herdabilidade (Heritabilidade). Proporção da variabilidade observada devida à herança, estando o restante devido a causas ambientais. Mais estritamente, proporção da variabilidade observada devido aos efeitos aditivos dos genes.

 

Ø  Hermafroditismo. Presença de órgãos reprodutivos de ambos sexos no mesmo indivíduo ou na mesma flor, em plantas superiores.

 

Ø  Heterocariose. Presença de dois ou mais núcleos geneticamente diferentes dentro de células do micélio.

 

Ø  Heterozigoto. Que tem alelos diferentes em um ou mais locos (em oposição a homozigotos).

 

Ø  Heterose. Vigor híbrido, tal que um híbrido F1 fique situado fora do intervalo de seus progenitores com respeito a um ou vários caracteres. Geralmente se aplica a tamanho, velocidade de crescimento ou boas características agronômicas.

 

Ø  Heterotalia. Incompatibilidade haplóide em fungos (em oposição a homotalia).

 

Ø  Híbrido. Produto do cruzamento de dois progenitores geneticamente distintos.

 

Ø  Hipótese de Nulidade. Hipótese na qual não há discrepância entre observações e valores esperados, baseados em algum conjunto de postulados.

 

Ø  Homologia dos Cromossomos. Aplica-se a cromossomos completos ou a parte de cromossomos que pareiam na prófase meiótica.

 

Ø  Homozigoto. Que tem alelos iguais em locos correspondentes de cromossomos homólogos. Um organismo pode ser homozigoto em um, vários ou em todos os locos.

 

Ø  I1 , I2 , I3 . Símbolos usados para designar a primeira, segunda, etc., gerações de autofecundação (Ver S1 , S2 , etc.).

 

Ø  Independëncia. Relação entre variáveis, quando a variação de uma delas não está influenciada pela de outras, isto é, a correlação é zero.

 

Ø  Interação Gênica. Modificação da ação de um gene por gene ou genes não-alélicos.

 

Ø  Interferência. Influência de uma permuta ("crossing over") sobre a probabilidade de que ocorra outra permuta na sua proximidade.

 

Ø  Inversão. Rearranjamento de um segmento de um cromossomo, de tal forma que os genes ficam  em ordem linear invertida.

 

Ø  Irmãos Germanos. Descendentes dos mesmos progenitores e que provêm de diferentes gametas. Meio-irmãos, descendentes de um progenitor comum.

 

Ø  Irradiação. Exposição de plantas ou partes de plantas aos raios X ou outras

Ø  radiações para aumentar a taxa de mutação.

 

Ø  Isoalelos. Alelos indistingüíveis senão por testes especiais.

 

Ø  Isolamento. Separação de um grupo de outro, de tal sorte que é evitado o cruzamento entre ou dentro dos grupos.

 

Ø  Ligaçao. (Ligamento). Associação de caracteres na herança devida à localização de genes no mesmo cromossomo.

 

Ø  Linhagem. Grupo de indivíduos que têm uma ascendência comum.

 

Ø  Linhagem Endógama. Linhagem produzida por endogamia (Consangüinidade)

Ø  continuada. Em melhoramento de plantas uma linhagem quase homozigota originada geralmente por autofecundações continuadas, acompanhadas de seleção.

 

Ø  Linhagens Isogênicas. Duas ou mais linhagens que diferem geneticamente entre si em um só loco. Distingue-se dos clones, linhagens homozigotas, gêmeos idênticos, etc., que são idênticos em todos os locos.

 

Ø  Linhagem Pura. Linhagem homozigota em todos os locos, obtida, geralmente, por autofecundações sucessivas no melhoramento genético de plantas.

 

Ø  Loco. Posição ocupada por um gene em um cromossomo.

 

Ø  M1, M2, M3. Símbolos utilizados para designar a,primeira, segunda, terceira, gerações, após um tratamento com um agente mutagênico.

 

Ø  Macho-Esterilidade ou Esterilidade Masculina. Ausência ou não funcionamento do pólen em plantas.

 

Ø  Mapa de Ligação (ou cromossômico). Mapa da posição dos genes nos cromossomos, determinado pelas relações de recombinação.

 

Ø  Média. Média aritmética de uma série de observações.

 

Ø  Mediana. O valor da variável de cada lado do qual existe um número igual de variáveis grandes ou pequenas.

 

Ø  Meiose. Dupla mitose ocorrendo na reprodução sexual e que resulta na produção de gametas com número haplóide (n) de cromossomos.

 

Ø  Melhoramento. Arte e ciência para mudar geneticamente plantas e animais.

 

Ø  Metáfase. Estado da meiose ou da mitose em que os cromossomos estão no fuso.

 

Ø  Metaxênia. Influência do pólen sobre os tecidos maternos do fruto. (Ver xênia).

 

Ø  Método da População (Bulk). Cultivo em conjunto de populações geneticamente diferentes de plantas autógamas, com ou sem seleção em massa e seguido de seleção individual de plantas.

 

Ø  Melhoramento Genealógico. Sistema de melhoramento em que se selecionam plantas individuais nas gerações segregantes de um cruzamento, tomando como base as suas boas características agronômicas, julgadas individualmente e dos dados de sua genealogia.

 

Ø  Método Genealógico em Massa. Sistema de melhoramento genético em que se propaga uma população em massa, até que ocorram condições favoráveis para a seleção, depois da qual se efetua uma seleção genealógica.

 

Ø  Método do Retrocruzamento. Sistema de melhoramento genético em que se efetuam retrocruzamentos com um dos progenitores de um híbrido, acompanhado por seleção para um caráter ou caracteres.

 

Ø  Mitose. Processo pelo qual se divide o núcleo em dois núcleos irmãos com complementos cromossômicos equivalentes, geralmente acompanhado da divisão da célula que contém o núcleo.

 

Ø  Moda. Valor da variável na classe de maior freqüência, na distribuição de freqüências.

 

Ø  Monoíbrido. Heterozigoto com respeito a um gene.

 

Ø  Monóica. Flores masculinas e femininas nascem separadamente na mesma planta.

 

Ø  Monoplóide. Organismo com o número básico (x) de cromossomos (Ver haplóide).

 

Ø  Monossômico. Organismo ao qual falta um cromossomo no complemento diplóide, tendo, portanto, a fórmula 2n-1 cromossomos.

 

Ø  Multivalentes (Ver univalentes).

 

Ø  Mutação. Variação herdável repentina em uma gene ou em uma estrutura de um  cromossomo.

 

Ø  Nuliplex. Condição na qual um poliplóide é recessivo em todos os cromossomos com respeito a um gene particular. Simplex denota recessividade em todos os locos  exceto um, dois duplex, triplex três, quadruplex quatro, etc.

 

Ø  Nulissômico. Indivíduo ao qual faltam os dois membros de um par de cromossomos específicos no conjunto diplóide, tendo, portanto, 2n-2 cromossomos.

 

Ø  Número Básico. Número de cromossomos nos ancestrais diplóides dos poliplóides, que se representa por x.

 

Ø  P1, P2, P3. Gerações primeira, segunda, etc., de um progenitor. Usa-se também para designar os diferentes progenitores utilizados para a confecção de um híbrido ou de uma série de híbridos.

 

Ø  Panmixia. Cruzamento ao acaso sem restrição (geralmente se estende seu significado para incluir cruzamento ao acaso com restrição de sexo ou incompatibilidade).

 

Ø  Paquiteno. Estado da meiose em que os filamentos são duplos.

 

Ø  Parâmetro. Quantidade numérica que especifica uma população, com relação a alguma característica.

 

Ø  Partenogênese. Desenvolvimento de um organismo a partir de uma célula sexual, porém sem fertilização.

 

Ø  Penetrância. Freqüência com que um gene produz um efeito distinguível nos indivíduos que o levam.

 

Ø  Permuta. Troca de segmentos correspondentes entre cromatídios de cromossomos  homólogos durante a prófase meiótica. Sua conseqüência genética é a recombinação entre genes ligados.

 

Ø  Policross. Polinização aberta de um grupo de genótipos (geralmente selecionados),  isolados de outros genótipos compatíveis, de tal forma que se promove um cruzamento "inter se".

 

Ø  Poligenes. Genes cujos efeitos são demasiadamente pequenos para poderem ser identificados individualmente porém com efeitos semelhantes e suplementares podem ter importância na variabilidade total.

 

Ø  Polimorfismo. Ocorrência em uma mesma população de duas ou mais formas distintas com freqüências demasiadamente altas para poder-se explicar por meio de mutações recorrentes.

 

Ø  Poliplóide. Organismo com um número de conjuntos de cromossomos distintos dos conjuntos básicos, por exemplo, monoplóide, triplóide, tetraplóides e vários aneuplóides.

 

Ø  População. Em genética, comunidade de indivíduos que compartilham de uma carga genética comum ("common gene pool"). Em estatística, uma série hipotética e infinitamente grande de observações potenciais. As observações realmente feitas constituem uma amostra.

 

Ø  Prepotência. Capacidade de um progenitor para imprimir características em sua descendência de tal forma que são mais parecidas que a generalidade.

 

Ø  Probabilidade. Proporção das vezes em que ocorre um acontecimento em uma série hipotética e infinitamente grande de casos, cada um sendo capaz de produzir o sucesso.

 

Ø  Progenitor doador. Progenitor a partir do qual se transferem um ou poucos genes ao progenitor recorrente em um melhoramento por retrocruzamento.

 

Ø  Progenitor recorrente. Progenitor para o qual se fazem retrocruzamentos sucessivos no melhoramento por retrocruzamento.

 

Ø  Protandria. Maturação das anteras antes do pistilo.

 

Ø  Protogenia. O contrário da protandria.

 

Ø  Quadrivalente. (Ver univalente).

 

Ø  Quadruplex. (Ver nuliplex).

 

Ø  Quiasma. Troca de partes entre cromatídios pareados na primeira divisão da meiose.

 

Ø  Raça Fisiológica. Patógenos da mesma espécie com morfologia idêntica ou semelhante, porém que diferem em suas capacidades patogênicas.

 

Ø  Recessivo. Membro de um par de alelos que não se expressa quando o outro (dominante) membro está no cromossomo homólogo.

 

Ø  Recombinação. Formação de novas combinações de genes como resultado da segregação em cruzamentos entre progenitores geneticamente distintos. Também o rearranjamento de genes ligados devido à permuta ("crossing over").

 

Ø  Repulsão. (Ver associação).

 

Ø  Reprodução Assexual. Reprodução que não envolve a união de gametas.

 

Ø  Retrocruzamento. Cruzamento de um híbrido com qualquer de seus pais. Em  genética, o cruzamento de um heterozigoto com um homozigoto recessivo (Ver cruzamento teste).

 

Ø  "Rogue". Variação do tipo padrão de uma variedade ou linhagem. "ROGUING". Remoção dos indivíduos indesejáveis para purificar o material.

 

Ø  S1 , S2 , S3.Símbolos para determinar a primeira, segunda, terceira, etc., gerações de autofecundação a partir de uma planta original (So).

 

Ø  Segregação. Separação dos cromossomos paternos e maternos na meiose e conseqüente separação dos genes, que torna possível a recombinação da descendência. 

 

Ø  Segregação Transgressiva. Aparecimento em gerações segregantes de indivíduos que estão fora do intervalo dos progenitores com respeito a algum caráter.

 

Ø  Seleção. Em genética, discriminação entre indivíduos no número de descendentes , para a geração seguinte. Em estatística, discriminação na amostragem, dando lugar à tendência. Oposto ao acaso.

 

Ø  Seleção de plantas individuais com teste de progênie ("line-breeding"). Sistema de melhoramento genético em que se reúnem vários genótipos, cuja descendência tem sido testada com relação a um ou a um grupo de caracteres, para formar uma variedade.

 

Ø  Seleção em Massa. Forma de seleção em que se selecionam plantas individuais que são propagadas na geração seguinte a partir de todo o conjunto das sementes.

 

Ø  Seleção Recorrente. Método de melhoramento genético delineado, para concentrar os genes favoráveis dispersos entre um número de indivíduos, mediante seleção em cada geração entre a descendência produzida por cruzamentos "inter se" dos indivíduos selecionados (ou sua descendência produzida por autofecundação) da geração anterior.

 

Ø  Semente Genética. Semente produzida pela agência que distribui uma variedade e que a utiliza para produzir a semente fundamental.

 

Ø  Semente Certificada. Semente utilizada para a produção comercial da espécie produzida a partir da semente fundamental, registrada ou certificada sob o regulamento de uma agência legalmente constituída.

 

Ø  Semente Básica. Semente produzida a partir da semente original por uma estação experimental agrícola, sob o seu controle direto. É a origem da semente certificada, seja diretamente ou através da semente registrada.

 

Ø  Semente Registrada. Descendência da semente fundamental cultivada normalmente para produzir a semente certificada.

 

Ø  Sinapse (Pareamento). Conjugação de cromossomos homólogos no zigoteno e paquiteno.

 

Ø  Sistemas de Acasalamento. Qualquer dos sistemas em que se agrupam os indivíduos aos pares, conduzindo à reprodução sexual. Classificação: 1) Acasalamentos ao acaso; acasalamentos aos pares, feitos ao acaso. 2) Acasalamentos orientados: 2.1) Segundo a semelhança genética. a) Acasalamentos de associação somática: acasalamento de indivíduos que se cruzam ao acaso; b) acasalamento de indivíduos que se cruzam ao acaso; b) Acasalamento de dissociação somática: cruzamento menos estreitamente relacionado do que aqueles que se cruzam ao acaso. 2.2) Segundo a semelhança fenotípica. a) Acasalamento de indivíduos aparentados; acasalamento de indivíduos mais semelhantes em aparência do que a média dos demais; b) Acasalamento de indivíduos menos semelhantes em aparência do que aqueles que se cruzam ao acaso.

 

Ø  "Strain-Building". Melhoramento de plantas alógamas, por um ou vários métodos de seleção.

 

Ø  Subvariedade ("Strain") Ou Cepa. Grupo de indivíduos semelhantes dentro de uma variedade.

 

Ø  Telófase. Último estado da divisão celular, antes que o núcleo volte à condição de repouso.

 

Ø  Tendência. ("bias"). Desvio consistente ou falso de uma estatística em relação a seu próprio valor.

 

Ø  Teste de Progênie. Teste do valor de um genótipo baseado no comportamento de sua descendência, produzida segundo um sistema definido de cruzamento.

 

Ø  Tetraplóide. Organismo com quatro conjuntos básicos (x) de cromossomos.

 

Ø  "Top cross". Cruzamento entre uma seleção, linhagem, clone, etc., e um progenitor comum masculino que pode ser uma variedade, linhas endógamas, cruzamento simples, etc. O progenitor comum masculino se chama progenitor do "top cross" ou testador. Em milho, um "top cross" é, geralmente, um cruzamento de linhagem endógama com uma variedade.

 

Ø  Translocação. Troca na posição de um segmento de um cromossomo a outra posição do mesmo ou cromossomo.

 

Ø  Triplex (Ver nuliplex).

 

Ø  Triplóide. Organismo com três conjuntos básicos (x) de cromossomos.

 

Ø  Trissômico. Organismo diplóide exceto para uma classe de cromossomos que está triplicado, tendo, portanto, 2n + 1 cromossomos.

 

Ø  Univalentes. Cromossomo não pareado na meiose. Bivalentes, trivalentes, quadrivalentes, etc., são associações de 2, 3, 4 , . . . cromossomos homólogos mantidos juntos pelos quiasmas.

 

Ø  Valor de ligação (ou ligamento). Fração de recombinação que expressa a proporção de permutas ("crossovers") na descendência com relação aos tipos parentais. A fração de recombinação pode variar de zero a meio.

 

Ø  Variação. Ocorrência de diferenças entre indivíduos devida a diferenças em sua composição genética ou ao meio onde se desenvolve.

 

Ø  Variância. Média dos quadrados dos desvios de uma variável em relação à sua média. Quadrado do desvio padrão. A estatística correspondente à média dos quadrados.

 

Ø  Variância do Erro. Variância devida a fatores não reconhecíveis ou incontroláveis em um experimento com a qual se compara a variância de fatores reconhecíveis, em testes de significância.

 

Ø  Variável. Simples observação ou medida.

 

Ø  Variedade. Subdivisão de uma espécie. Grupo de indivíduos dentro de uma espécie  que se distinguem de outros por sua forma ou função.

 

Ø  Variedade Sintética. Variedade produzida cruzando-se entre si um número de genótipos selecionados quanto à boa capacidade de combinação em toas as combinações híbridas possíveis, com subseqüente manutenção da variedade por polinização aberta.

 

Ø  Virulência. Capacidade de um patógeno para produzir uma doença.

 

Ø  x. Número básico de cromossomos em uma série poliplóide.

 

Ø  X1, X2, X3. Símbolos que denotam as primeiras, segundas, terceiras gerações, produzidas a partir de uma planta ancestral irradiada (Xo).

 

Ø  Xênia. Efeito do pólen no embrião e no endosperma (Ver metaxênia).

 

Ø  Zigoto. Célula formada pela união de dois gametas e o indivíduo formado a partir  desta célula.

 

Ø  Zigóteno. Estado da prófase meiótica em que se pareiam os filamentos cromossômicos.