|
·
Produção:
Laboratório
de Bioinformática
·
Aplicativo
suporte: Programa
GBOL – Genética Básica on line
·
Comunidade
(facebook): GbolNews
|
Tópicos
Introdução
Espermatogênese - Gametogênese masculina
Ovogênese
- Gametogênese feminina
Fecundação
Introdução:
O processo de produção de gametas,
do qual a divisão meiótica é a parte mais importante, denomina-se gametogênese.
Por meio da meiose uma célula é levada ao estado haplóide,
entretanto nem todas as células estão capacitadas a passar por este processo e os produtos finais
da meiose não são os gametas completamente desenvolvidos. Assim, a gametogênese
torna-se um processo mais amplo, que envolve as etapas de preparação
(multiplicação e crescimento) e diferenciação (maturação), que se complementam
com o processo reducional.
Espermatogênese - gametogênese masculina
É o processo de formação de
gametas em animais do sexo masculino, que se dá no epitélio germinativo dos
canais seminíferos dos testículos. Na maioria dos animais, a espermatogênese
ocorre constantemente ou periodicamente.
Os insetos requerem dias para completar o ciclo, enquanto os mamíferos requerem
semanas ou meses. Na espécie humana, leva-se 74 dias para produzir um espermatozóide a partir de uma espermatogônia
primitiva.
Envolve as seguintes etapas:
MULTIPLICAÇÃO
As células iniciais do epitélio germinativo submetem-se a sucessivas mitoses, dando origem a uma
população de espermatogônios.
CRESCIMENTO
Os espermatogônios aumentam seus volumes de citoplasma e de
núcleo, dando origem ao espermatócito primário que é uma
célula capacitada a passar por meiose.
MEIOSE
Na
primeira etapa (Meiose I ou etapa reducional) cada espermatócito
primário origina
dois espermatócitos secundários, e, na segunda etapa
(meiose II ou etapa equacional), cada espermatócito secundário
dá origem a duas espermátides.
DIFERENCIAÇÃO
As espermátides se diferenciam em espermatozóides, que são constituídos por três partes: a cabeça, a parte intermediária e a cauda.
Na cabeça, encontra-se uma estrutura denominada acrossomo (formada pelo complexo de golgi), que contém enzimas líticas que facilitam a sua penetração no óvulo. O núcleo dirige-se para a extremidade, tornando-se alongado e compacto. A parte intermediária contém o centríolo. A cauda apresenta a bainha externa e o filamento axial.
Cada
centímetro cúbico apresenta
60 a 70 milhões de espermatozóides. Em
cada ejaculação o homem libera cerca de 3cm3 de líquido seminal. Os espermatozóides resistem a uma temperatura máxima de 45
graus e a zero graus eles sobrevivem vários dias. No
interior da vagina, sua vida ativa é de dois dias.
Ovogênese -
gametogênese feminina
É o processo de produção de gametas (óvulos) no aparelho reprodutor feminino
dos animais. Ocorre no epitélio germinativo dos ovários. Na espermatogênese,
quase todo volume citoplasmático das espermátides é
expelido. Entretanto, os zigotos, principalmente de animais ovíparos, devem
contar com reservas de nutrientes adequadas ao seu desenvolvimento. Assim, a ovogênese, além de produzir os gametas femininos, tem por
finalidade garantir que esses gametas contenham quantidade de nutriente
satisfatória para o desenvolvimento inicial do embrião. Envolve as seguintes
etapas:
MULTIPLICAÇÃO
A célula
inicial do epitélio germinativo passa por várias mitoses, dando origem a uma
população de ovogônias.
CRESCIMENTO
As ovogônias aumentam seus volumes nuclear e citoplasmático,
dando origem aos ovócitos primários. Nesse caso, muito mais nutriente é acumulado,
principalmente nos ovíparos, em que os ovos serão desenvolvidos fora do corpo
da mãe. Mesmo em vivíparos, há grande acúmulo de nutrientes, sendo o ovócito
primário maior que o espermatócito primário.
MEIOSE
A
primeira etapa, ou meiose I, é irregular pela ocorrência de uma citocinese
diferencial, que dá origem a um corpúsculo polar e ao ovócito secundário. Essa
meiose irregular garantirá um gameta com maior quantidade de nutrientes. Na
segunda etapa, ou meiose II,
a citocinese também é anômala,
de forma que o ovócito secundário
dará origem a uma ovótide e a outro corpúsculo polar.
Nesta etapa, cada corpúsculo polar dá origem a dois novos corpúsculos polares.
DIFERENCIAÇÃO
A ovótide dá origem ao óvulo, o qual apresenta um núcleo
compacto, citoplasma enriquecido, principalmente de ribossomos e RNA. O mRNA necessário para o início da
atividade celular e diferenciação no
embrião é produzido e estocado no
citoplasma do óvulo.
Na
espécie humana, a ovogênese inicia-se antes do
nascimento. As ovogônias começam a se diferenciar em
ovócito primário por volta do terceiro mês de vida intra-uterina. No nascimento, os ovócitos primários estão em prófase I,
que só é retomada até a maturidade sexual. A meiose I, para cada óvulo, só é
completada pouco antes da ovulação.
Fecundação
As seguintes etapas são
consideradas no processo de fecundação:
i.
A primeira
divisão meiótica do óvulo em desenvolvimento (que estava em prófase I, para formar o ovócito
primário é completada, e o ovócito
secundário é expelido do ovário e migra
para as trompas de falópio.
ii.
Nas trompas de
Falópio inicia-se a segunda divisão meiótica que dará origem a ovótide. Essa divisão não é completada até a penetração do espermatozóide.
iii.
Se a penetração
do espermatozóide ocorre, o ovócito secundário dá origem à ovótide (e a um corpúsculo polar que se degenera) e ao óvulo maduro, contendo o pronúcleo, que carrega
23 cromossomos maternos. Outro pronúcleo
encontra-se na cabeça do espermatozóide que carrega
os 23 cromossomos de origem paterna.
iv.
Fusão dos dois pronúcleos e formação da célula zigótica,
que passa a divisões mitótica sucessivas. A primeira
clivagem produz o estágio de duas células de um embrião.